O morador Willian Wancley publicou em suas redes sociais, nesta semana, um vídeo que rapidamente começou a circular em grupos da cidade e provocou comentários sobre as políticas públicas de saúde em Cáceres. No conteúdo, gravado em frente ao Ambulatório LGBTQIA+, William questiona as prioridades da gestão municipal e compara os serviços existentes voltados à comunidade LGBTQIA+ com a ausência de estruturas específicas para outras demandas, como atendimento a pessoas autistas e outras condições biológicas.
No vídeo, William afirma:
“Estou em frente ao Ambulatório LGBTQIA+ de Cáceres, o primeiro do Estado. Quando vemos esse ambulatório, percebemos que a cidade está evoluindo muito. Mas, ao mesmo tempo, não temos uma casa de apoio para crianças autistas ou outras condições biológicas.”
Ele argumenta que, segundo sua visão, as políticas públicas municipais estariam priorizando “fatores comportamentais” em vez de “fatores biológicos”. As palavras geraram forte repercussão nas redes, tanto entre apoiadores quanto entre críticos do conteúdo.
Durante o vídeo, William direciona críticas à professora Luciene Neves, da Unemat, mencionando-a como apoiadora do Ambulatório LGBTQIA+. Ele questiona se “essa é a igualdade defendida por ela”, ao comparar a existência do ambulatório especializado com a falta de outras estruturas de atendimento no município.
A fala repercutiu especialmente pela forma direta e pelo tom provocativo. No trecho, ele diz:
“Pergunto à senhora Luciene: isso é igualdade? Enquanto o ambulatório LGBTQIA+ existe, crianças autistas não têm uma casa de apoio. É isso que vocês chamam de justiça social?”
O vídeo também menciona episódios envolvendo movimentos sociais e celebrações públicas, o que ampliou a discussão em torno das pautas por ele levantadas.
Tema sensível e debate reacendido
A publicação reacende um debate que já vinha sendo discutido discretamente na cidade: a necessidade de ampliar serviços especializados tanto para a população LGBTQIA+ quanto para pessoas com transtorno do espectro autista e outras condições que exigem atendimento específico.
De um lado, defensores do ambulatório destacam que o serviço atende demandas reais de saúde, amparadas pelo SUS e orientações do Ministério da Saúde.
De outro, críticos como William pedem que o município amplie a rede e distribua investimentos para diferentes grupos com necessidades igualmente relevantes.
Repercussão política
O tom político do vídeo e a forma como foi divulgado também chamaram atenção. Nos bastidores, lideranças avaliam que William busca fortalecer capital político local e ampliar visibilidade nas redes — algo comum em ano pré-eleitoral.
A Prefeitura, até o momento desta publicação, não se manifestou sobre o conteúdo do vídeo nem sobre eventuais projetos voltados à ampliação de serviços específicos para pessoas autistas no município.
A discussão deve continuar nos próximos dias, especialmente com o vídeo circulando amplamente em grupos de WhatsApp .
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veja o video:
https://www.instagram.com/p/DRxHbZogGVx/
