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A CPI das Obras em Cáceres é agora uma realidade inescapável. Com a adesão dos vereadores Jorge Augusto, Magaly e Marcos Ribeiro, o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito ganhou ainda mais força, consolidando o número de assinaturas muito acima do mínimo necessário para sua abertura.
A CPI vai investigar possíveis irregularidades em obras realizadas no período pré-eleitoral pela gestão da prefeita Eliene Liberato Dias, incluindo suspeitas sobre má execução, superfaturamento e abandono de projetos logo após as eleições.
Em plenário, o vereador Jorge Augusto fez questão de ressaltar os princípios constitucionais que regem a administração pública, citando diretamente o artigo 37 da Constituição Federal, que estabelece a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência como pilares de todo ato governamental.
“O poder público tem que ser transparente e assim busco dar oportunidade ao Executivo de comprovar a legalidade dos seus atos, apurando de fato tudo o que aconteceu e o que está acontecendo. É com esse objetivo que assino essa CPI”, destacou.
Jorge também afirmou acreditar na inocência da prefeita Eliene, mas foi categórico ao dizer que é justamente por isso que fez questão de assinar o requerimento, para que tudo fique claro e que o Legislativo possa “tirar a limpo essa história”, garantindo à população as respostas que há meses são cobradas.
Investigação inevitável
A CPI já tinha apoio declarado dos vereadores Jerônimo Gonçalves, Pastorello, Elis Enfermeira, Pastor Júnior e Flávio Negação, mas com as novas adesões a comissão deve ganhar robustez técnica e política para aprofundar as apurações. Agora, será criada formalmente uma comissão que poderá requisitar documentos, convocar secretários e servidores, ouvir empreiteiras e realizar diligências em obras.
A expectativa é que as primeiras reuniões da CPI ocorram nas próximas semanas, já com cronograma de oitivas e levantamento documental.
Para muitos, além de buscar eventuais responsabilidades, o principal papel da CPI será reafirmar que o Legislativo existe para fiscalizar e garantir o respeito ao dinheiro público — algo que só fortalece a administração municipal caso não haja irregularidades.
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