Free Shop em Cáceres: Vereador acusa Mauro Mendes de enganar a população com “meia verdade”

O projeto do free shop em Cáceres, anunciado com grande alarde pelo governador Mauro Mendes, está longe de ser a “solução mágica” que muitos imaginaram. Essa foi a crítica direta feita pelo vereador Pastorello, que acusou o governo estadual de ter vendido uma “meia verdade” à população.

Segundo ele, o discurso oficial gerou a falsa impressão de que o free shop seria uma oportunidade para pequenos comerciantes e empresários locais, o que não corresponde à realidade.

O Mauro Mendes foi para as redes anunciar que Cáceres teria um free shop e que isso seria maravilhoso. Mas esqueceu de dizer que isso não é para os pequenos. É para quem tem R$ 2 milhões de capital social ou mais. Isso é para grandes grupos. E a população foi enganada achando que todo mundo poderia abrir uma lojinha”, criticou.

Não é shopping popular, é negócio de grande porte

Como já alertado anteriormente, o modelo de free shop previsto pela Instrução Normativa RFB 2.075/2022 exige que a empresa interessada tenha capital social mínimo de R$ 2 milhões ou garanta esse valor à Receita Federal para operar.

Ou seja, não haverá dezenas de lojinhas de importados espalhadas pela cidade, como se imaginou no começo. Trata-se de um empreendimento restrito a grandes empresários, com estrutura e capacidade financeira compatível.


A promessa de empregos e desenvolvimento existe — mas é preciso cautela

Embora a instalação do free shop possa gerar empregos e aquecer o comércio local, Pastorello alertou para o risco de se criar falsas expectativas na população:

É um projeto importante, mas foi vendido errado. A cidade precisa saber a verdade: isso é um negócio restrito, não é um shopping popular. A partir daí, vamos cobrar para que ao menos gere empregos e traga benefícios reais.

E os preços? Só o tempo dirá

Outro ponto levantado é que não há garantias de que os produtos serão muito mais baratos para os cacerenses. Com isenção de impostos e baixa concorrência, a decisão de repassar os benefícios ao consumidor final ficará nas mãos do operador do free shop.

Por isso, Pastorello reforça que a discussão não deve ser apenas sobre a instalação, mas sobre como esse projeto será fiscalizado e como ele poderá realmente beneficiar a população local.

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