UPA de Cáceres em Estado de Calamidade: População Sofre com Descaso e Falta de Estrutura

Uma situação alarmante está tomando conta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cáceres, segundo denúncias recebidas pelo jornal Folha de Cáceres. Moradores e funcionários relataram uma série de práticas inaceitáveis e condições precárias que colocam em risco a saúde e a dignidade da população. A reportagem evidencia um cenário de negligência e abandono que exige respostas imediatas da Prefeitura de Cáceres e da Secretaria de Saúde.

Atendimentos que se arrastam por horas

Mesmo em casos de urgência e emergência, os pacientes enfrentam longas esperas. De acordo com as denúncias, o tempo mínimo de atendimento é de duas horas e meia, com uma média de quatro a cinco horas, dependendo da gravidade. Essa demora prolongada, além de exasperar os pacientes, pode agravar quadros clínicos.

Aglomeração e risco de infecções

A sala de espera da UPA, lotada e sem estrutura adequada, se torna um ambiente propício para a disseminação de vírus e bactérias. A falta de acomodações adequadas e de controle sanitário coloca em risco tanto os pacientes quanto os acompanhantes.

Medicação sem higiene e condições básicas

Um dos pontos mais preocupantes é o procedimento para a administração de medicamentos. Os comprimidos são entregues diretamente na mão dos pacientes, sem o uso de copos descartáveis, guardanapos ou qualquer item básico de higiene. Não há sequer locais apropriados para lavar as mãos.

Os pacientes, ao receberem os remédios, são obrigados a circular entre diferentes setores da UPA, ocupando cadeiras que não passam por higienização adequada. Esse descaso potencializa os riscos de infecção cruzada.

Infraestrutura em ruínas

A situação estrutural da unidade é deplorável. Na sala de espera para receber os medicamentos, há um buraco no local onde deveria estar um ar-condicionado, visivelmente coberto de bolor. As paredes estão sujas, algumas com manchas de sangue, e o chão frequentemente apresenta vestígios de vômito e urina.

As macas não possuem lençóis ou cobertores, deixando os pacientes expostos ao desconforto e à insalubridade. Os consultórios muitas vezes têm portas fechadas, indicando a falta de médicos e outros profissionais de saúde para atender à demanda.

Reclamações da população

A indignação é generalizada. Muitos pacientes relataram que a experiência na UPA é um misto de abandono e humilhação. "Parece que somos invisíveis. Nem mesmo o básico para um atendimento digno nos é garantido", desabafou um dos moradores que preferiu não se identificar.

Resposta necessária

Diante desse cenário, é urgente que a Prefeitura de Cáceres e a Secretaria de Saúde tomem providências imediatas. A situação da UPA não só demonstra a falta de investimento em saúde pública, mas também reflete a negligência com a população mais vulnerável.

A Folha de Cáceres continuará acompanhando o caso e cobrando explicações das autoridades competentes, pois o direito à saúde é um dos pilares fundamentais da cidadania e deve ser respeitado em todas as circunstâncias.




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