O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou que decretará estado de calamidade financeira no município devido à grave situação das contas públicas. Com apenas R$ 6,9 milhões em caixa, a prefeitura enfrenta dificuldades para pagar a folha salarial de dezembro dos servidores, avaliada em R$ 78 milhões. O decreto será publicado em edição extra da Gazeta Municipal, marcando o início de medidas emergenciais para tentar conter a crise financeira.
Abilio, que é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e membro do mesmo partido, o PL, sinaliza que poderá adotar um estilo de governança semelhante ao do ex-presidente. Esse modelo tem como objetivo principal enxugar as contas públicas e direcionar recursos para ações voltadas ao bem-estar da população.
Vale lembrar que o valor médio do Bolsa Família atingiu R$ 245,10 em 2014, o maior já registrado até então no governo PTista.
Posteriormente, durante a pandemia de COVID-19, o governo Bolsonaro implementou o Auxílio Emergencial, que elevou significativamente os valores repassados às famílias brasileiras, influenciando o reajuste do Bolsa Família.
Em declarações recentes, Abilio já demonstrou sua inclinação por medidas de austeridade. Ele anunciou cortes em despesas consideradas supérfluas e prometeu implementar ações que priorizem a eficiência na gestão pública. Uma das iniciativas destacadas foi a redução de cobranças tributárias, medida que ele acredita ser essencial para aliviar a carga financeira sobre os contribuintes cuiabanos.
Com o decreto de calamidade, Abilio terá instrumentos legais para renegociar contratos, suspender despesas não prioritárias e buscar auxílio junto aos governos estadual e federal. A expectativa é de que essas ações contribuam para estabilizar as contas municipais e garantir a continuidade dos serviços essenciais à população de Cuiabá.