As últimas sessões da Câmara de Cáceres seguem deixando claro que, quando o assunto é coerência política, alguns discursos não resistem nem a uma semana. A polêmica da vez gira em torno da entrada de requerimentos e projetos de última hora, algo que virou munição para debates, farpas e, segundo alguns vereadores, até hipocrisia escancarada.
O rito já é conhecido: quando um vereador quer apresentar um requerimento urgente, precisa pedir autorização para incluir o documento na pauta e, só depois, submeter o conteúdo à votação.
Alguns defendem esse procedimento como necessário diante de fatos que surgem repentinamente no fim de semana.
Mas a vereadora Valdeníria, líder oficial da Prefeitura, insiste a semanas que não se pode apresentar requerimentos de última hora, porque eles exigem análise prévia, estudo e leitura.
Ao menos era isso… até hoje.
Valdeníria chega com TRÊS projetos de lei do executivo, de última hora, e o plenário reage
Na sessão desta segunda-feira, Valdeníria entrou no plenário com três projetos de lei, todos apresentados de última hora, pedindo inserção imediata na pauta.
E aí o vereador Pacheco não deixou passar.
Visivelmente indignado, pediu a palavra e soltou:
“Requerimento não pode. Requerimento é complexo. Precisa de análise.
Mas projeto de lei, que vira lei, que tem muito mais impacto, aí pode entrar de última hora?”
O tom foi direto:
“Isso não é igualdade. Isso é hipocrisia.”
E completou:
“Quando eu tiver que apresentar requerimento, eu vou apresentar. Não vou deixar de apresentar porque alguém acha que não pode.”
O recado foi dado.
Enquanto isso… quem age como verdadeiro líder do governo é Jorge
Após o desabafo de Pacheco, um comentário começou a se repetir em conversas e olhares cruzados no plenário:
“O líder oficial é um; o líder de fato é outro.”
E a sessão reforçou exatamente isso.
Enquanto Valdeníria, que é líder nominal da prefeitura, chegou com projetos desorganizados, de última hora e atropelando o próprio discurso que tinha feito nas semanas anteriores…
… o vereador Jorge vem se destacando pela postura oposta.
Nos bastidores e nas sessões, Jorge aparece:
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trazendo as matérias,
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alinhado com a Prefeitura,
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articulando votos,
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e apresentando documentos.
Ou seja:
Jorge, na prática, exerce o papel de líder do governo com muito mais eficiência do que a líder oficial.
Enquanto ele organiza, articula e se antecipa…
Valdeníria tropeça no próprio discurso e apresenta projetos de última hora justamente no tema em que ela cobra rigor dos demais.
A diferença ficou nítida, e comentada.
Conclusão inevitável
A sessão de hoje não apenas expôs mais um capítulo da disputa interna sobre prazos e procedimentos, mas também deixou evidente:
-
quem tem coerência e quem se contradiz,
-
quem cumpre a função que ocupa e quem só ocupa o título,
-
quem organiza o processo legislativo e quem se perde nele.
No jogo político, as palavras até contam.
Mas as atitudes gritam muito mais alto.
E hoje, quem gritou, com razão e com ironia, foi o vereador Pacheco.
E quem mostrou ser o lider, de fato, foi Jorge.
Já a líder oficial… essa saiu da sessão com mais perguntas do que respostas.
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