Violência no Rio, Cáceres, Sinop, Sorriso entre outros é reflexo de uma falta de estratégia nacional

O que se vê hoje nas ruas do Brasil é o retrato de uma crise de segurança pública sem precedentes, que não poupa nem as pequenas cidades. O reflexo do que acontece no Rio de Janeiro, com confrontos e execuções a céu aberto e sensação de medo generalizado, já se faz sentir em Mato Grosso faz tempo — inclusive em Cáceres, onde corpos têm sido encontrados dentro de sacos de lixodecapitações.

É o segundo em menos de um mês, e escancara o que a população vem percebendo há tempos: o abandono das políticas de segurança pública por parte do Governo Federal e a falta de estrutura integrada entre estados e municípios.

Em muitos pontos do país, governadores têm adotado medidas emergenciais para tentar conter a escalada da violência. Criaram forças-tarefa, ampliaram o policiamento ostensivo e até integraram tecnologia no monitoramento das fronteiras.
Mas, em Mato Grosso, a pauta parece não ocupar o topo das prioridades do atual governador Mauro Mendes, mesmo com o Estado sendo rota de tráfico internacional e fronteira com a Bolívia — um dos pontos mais sensíveis de segurança da América do Sul.

“Não há como combater o crime organizado com discursos ou com ações isoladas. É preciso planejamento, integração, investimento e coragem política”, afirmam profissionais da área de segurança ouvidos pelo Folha.

Enquanto isso, o sentimento nas ruas é de insegurança crescente. Em Cáceres, moradores relatam medo de sair à noite, aumento de furtos e tráfico, e uma ausência perceptível de policiamento em áreas mais vulneráveis.

O modus operandi de grupos criminosos também tem mudado. Execuções com sinais de tortura e ocultação de cadáveres — práticas antes associadas aos grandes centros urbanos — já fazem parte da realidade local.

A fronteira aberta, a lentidão nas investigações e a falta de investimentos em inteligência policial transformaram cidades médias e pequenas em terreno fértil para o avanço da criminalidade.

“A insegurança virou rotina. O medo virou companheiro. E a omissão virou política pública, onde as blitzes mostram uma falsa atuação”, resume um morador ouvido pela reportagem.

Enquanto o país se acostuma com as manchetes trágicas, a pergunta que ecoa é simples e urgente: quem está cuidando da segurança do brasileiro?


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