Servidora denuncia perseguição política - Prefeitura rebate em nota

 “Fui humilhada, ignorada e deixada à própria sorte”

Uma denúncia recebida pela Folha de Cáceres revela um possível cenário de perseguição política, humilhação e abuso de poder que estaria acontecendo dentro da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, que tem como objetivo proteger, e cuidar. Segundo o relato, servidores que não seguem o alinhamento político da atual gestão estariam sendo sistematicamente intimidados e desrespeitados, em um ambiente descrito como opressor e insustentável.

A denunciante — servidora de carreira e mãe — pediu para não ter sua identidade revelada, temendo novas retaliações. Ela afirma ter duas férias vencidas, licença negada sem justificativa, e relata ter sido exposta a humilhações públicas e perseguições pessoais.

 “Solicitei minha licença para setembro, e antes mesmo do pedido chegar à secretaria já estava negado. Quando pedi o indeferimento por escrito, o coordenador administrativo Cláudio Leonel quis saber o motivo, me intimidou e bloqueou o acesso. Foi humilhante e constrangedor”, contou, visivelmente abalada.

Lotada no Centro de Referência de Assistência Social II (CRAS II), a servidora diz ser vítima de assédio moral constante praticado pela gerente da unidade, Sra. Inailza, com a conivência direta do coordenador Cláudio Leonel.

Ela relata que é alvo frequente de comentários depreciativos e constrangimentos diante dos colegas.

 “Ela vive dizendo na frente de todos que eu ‘não trabalho’. Essas palavras me ferem profundamente. Mancham minha imagem e me fazem chegar em casa chorando, sentindo vergonha de mim mesma”, desabafou.


O caso ainda cita a coordenadora da Proteção Básica, Sra. Helen, por omissão e negligência, mesmo ciente das situações.


 “Ela sabia de tudo, mas escolheu se calar. Essa indiferença machuca tanto quanto as ofensas”, relatou a servidora, emocionada.


Segundo o depoimento, o clima dentro da secretaria é de medo, hostilidade e perseguição, com funcionários sendo silenciados e afastados de suas funções originais. A servidora afirma que já protocolou três pedidos de transferência, todos ignorados pela gestão.


 “Eles me deixaram à própria sorte. Me tiraram a vontade de trabalhar, a alegria de servir à população. Transformaram meu trabalho, que sempre foi motivo de orgulho, em fonte de sofrimento diário.”

Diante da situação, a servidora afiama que formalizou denúncia à Ouvidoria Municipal, solicitando investigação sigilosa e imparcial, transferência urgente de setor e sanções administrativas contra os envolvidos — entre eles Cláudio Leonel, Inailza e Helen.

OUTRO LADO

Entramos em contato com a prefeitura e obtivemos a seguinte resposta "Na Integra":

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Cáceres vem, respeitosamente, à imprensa e à sociedade, prestar os devidos esclarecimentos acerca das informações envolvendo a conduta de uma servidora vinculada a esta pasta.


Esclarecemos, primeiramente, que todo o contexto relatado pela referida servidora se caracteriza por informações infundadas e inverídicas, uma vez que, em diversas ocasiões, a mesma buscou prejudicar outros servidores mencionados, por múltiplos meios, sem êxito, justamente por não possuir provas que corroborem suas alegações, sendo estas falsas.


A gestão, sempre pautada pelo respeito à legislação vigente, ao princípio da legalidade e à Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS), acatou a solicitação da servidora após estudo aprofundado, identificando disponibilidade para atendimento de sua requisição. No entanto, após poucos dias de lotação na nova unidade, a servidora, em virtude de dificuldades de relacionamento no trabalho em equipe, voltou a procurar a secretária para nova adequação, alegando motivos de ordem pessoal, relacionados à saúde de seu neto e à necessidade de prestar apoio familiar.


Cabe ressaltar que, durante as tratativas com a servidora, esta manifestou interesse em permanecer lotada na unidade do CRAS 2, considerando o vínculo afetivo com os adolescentes atendidos e o encerramento das atividades da unidade no período de final de ano, tornando inviável seu ingresso em nova lotação no momento. Ademais, informou sua intenção de solicitar licença-prêmio, conforme previsão legal vigente, no mês de dezembro de 2025, pleiteando posterior lotação em outra unidade.


Diante do exposto, esclarecemos que todas as solicitações da servidora foram devidamente analisadas e atendidas, sempre dentro da legalidade e disponibilidade administrativa, sendo cada requerimento estudado de forma aprofundada, com observância de todas as normas legais, decretos e procedimentos técnicos. Ressaltamos que a gestão não pode atender pedidos que contrariem a legislação ou desrespeitem normas técnicas e administrativas.


Destacamos, ainda, que quando a servidora não obtém atendimento imediato, tem se posicionado de forma agressiva e acusatória, imputando perseguição a servidores que apenas executam suas funções administrativas dentro do devido trâmite legal, o qual deve ser respeitado. A Coordenadoria Administrativa conduz todas as situações dessa natureza com especial atenção, valorizando o tempo de serviço e a contribuição de cada servidor.


Por fim, reiteramos que não compactuamos com qualquer prática de perseguição política ou assédio moral. Para fins de comprovação e maior transparência, a gestão coloca-se à disposição para fornecer cópias dos 5 (cinco) memorandos das tratativas realizadas, reafirmando o compromisso com a legalidade, a ética e o respeito aos servidores.


Atenciosamente.

Cláudio C Leonel



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