A sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (24) ganhou repercussão depois que outro veículo de imprensa publicou uma matéria em tom pejorativo sobre o anúncio feito pelo presidente da Casa, Flávio Negação (MDB), a respeito de uma denúncia anônima enviada ao gabinete.
O texto do outro jornal insinuou que o presidente teria “revelado” a identidade do denunciante em plenário, tratando o episódio como uma “gafe política” e comparando a sessão a um “roteiro humorístico”. Contudo, ao contrário do que foi publicado, a Folha de Cáceres buscou esclarecimentos diretamente com o presidente e com servidores da Secretaria Municipal de Saúde, e os fatos não correspondem à narrativa apresentada pelo outro veículo.
Nome mencionado era fictício — e estava exatamente como veio no e-mail da denúncia
Após a repercussão, a Folha procurou o presidente Flávio Negação, que esclareceu o ocorrido:
o nome citado por ele na sessão não era a identidade real de ninguém, mas sim o nome fictício colocado pela própria pessoa que enviou o e-mail, justamente porque a denúncia é anônima.
Segundo Negação, ele mencionou o nome apenas porque constava no texto enviado pelo denunciante, e que era evidente que se tratava de um pseudônimo. O presidente reafirmou que não possui a identificação real da pessoa que fez a denúncia, e que o documento será encaminhado à Comissão de Fiscalização da Câmara para os trâmites legais.
Folha checa informação na Secretaria de Saúde: não existe ninguém com aquele nome
Após o episódio, a Folha de Cáceres esteve pessoalmente na Secretaria Municipal de Saúde.
A informação foi confirmada de forma categórica:
→ Não existe nenhum servidor, terceirizado ou colaborador com o nome citado no e-mail.
→ O nome não consta em folha, cadastro, escala ou qualquer vínculo na pasta.
Ou seja:
o nome mencionado não expõe ninguém, não violou sigilo e não corresponde a nenhuma pessoa real.
E esse ponto — confirmado pela apuração — desmonta a premissa central usada pelo outro jornal em sua matéria.
O foco era o conteúdo da denúncia, não a identidade do autor
Durante a sessão, Flávio Negação comunicou que recebeu um e-mail relatando possíveis situações delicadas dentro da Secretaria de Saúde, envolvendo ambiente de desconforto, rumores e supostos favorecimentos pessoais por conta de relacionamento íntimo extraconjugal das duas partes, sendo pessoas con hecidas da cidade. Ele frisou que não mencionaria nomes de envolvidos — até porque o documento não traz nenhuma identificação real — e que o caso seria encaminhado para análise da Comissão de Fiscalização.
A crítica publicada por outro veículo, ao sugerir que o presidente teria exposto um denunciante, não reflete a realidade apurada.
Responsabilidade jornalística exige precisão — especialmente em casos sensíveis
O episódio expõe algo importante:
quando a imprensa trata denúncias de forma distorcida, exagerada ou com tom pejorativo, o que se perde é a confiança no processo de apuração.
E mais:
o erro cometido por outro jornal desinforma a população e cria ruído em torno de um caso que ainda será investigado.
A Folha de Cáceres reforça que:
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denúncias anônimas são instrumento legítimo de controle social;
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nomes fictícios são comuns nesse tipo de comunicação;
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e a proteção da identidade é uma obrigação do poder público, não um detalhe cômico.
O que deve acontecer agora
Com o envio oficial à Comissão de Fiscalização, caberá à Câmara:
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verificar se há algum elemento concreto nos relatos;
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ouvir servidores e responsáveis pela pasta;
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e registrar tudo de forma institucional.
Independentemente dos desdobramentos, é fato que nenhuma identidade real foi exposta, e que o tratamento pejorativo dado pelo outro veículo não condiz com a verdade dos fatos.
A Folha de Cáceres seguirá acompanhando o caso com rigor, responsabilidade e compromisso público — sem espetáculo, sem invenção e sem sensacionalismo.
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