O filme “Sombras no Deserto” (título original The Carpenter’s Son) estreia oficialmente em 13 de novembro de 2025 nos cinemas brasileiros. A produção, estrelada por Nicolas Cage como “O Carpinteiro”, FKA Twigs como a esposa e Noah Jupe como o menino de destino extraordinário, propõe uma releitura ousada da infância de Jesus Cristo com uma pegada de terror e elementos sobrenaturais.
O que mostra o filme
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A trama se passa no Egito antigo, onde uma família vive escondida para fugir de perseguição romana e de segredos que não podem ser revelados.
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O “Menino”, representado por Noah Jupe, começa a manifestar poderes inexplicáveis – habilidades que o distanciam de uma infância comum e o colocam em conflito entre sua natureza e o mundo que o circunda, muitas vezes causando medo.
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A narrativa afirma inspiração no evangelho apócrifo “Pseudo-Tomé”, texto não reconhecido pelos cânones tradicionais da maioria das igrejas cristãs.
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A recepção crítica ao filme tem sido majoritariamente negativa: ele já aparece como “massacrado pela crítica”, sendo descrito como “tedioso” e “uma execução fraca de uma ideia promissora”.
Por que gera polêmica
A proposta de reconstruir a infância ou adolescência de Jesus com poderes extraordinários, ambientada numa trama de horror, coloca o longa fora da narrativa tradicional cristã. Em particular:
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A imagem de Jesus aqui se aproxima mais de “herói de quadrinhos” do que do Filho de Deus conforme a tradição cristã.
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A inspiração em um evangelho apócrifo, longe dos reconhecidos pela Igreja Católica e pelas grandes correntes evangélicas, levanta dúvidas sobre fidelidade histórica e teológica.
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Embora seja entretenimento, o filme desafia conceitos relativamente sensíveis para os fiéis, que esperam retratações respeitosas da vida de Jesus.
Alerta para cristãos
Para quem professa fé católica ou evangélica, é importante assistir com consciência crítica.
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O filme não segue a linha tradicional dos Evangelhos canônicos, portanto qualquer interpretação de Jesus como um menino super-herói deve ser vista como ficção, e não como doutrina.
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A produção pode confundir quem não tem preparo teológico, levando à crença em versões alternativas da vida de Cristo.
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Dada a forte reprovação da crítica, o entretenimento oferecido pelo filme pode ficar aquém das expectativas — com risco de frustração.
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Se a decisão for assistir, convém manter o discernimento: valorizar a liberdade artística, mas reconhecer que a obra distorce realidades religiosas e históricas tal como professadas pelas igrejas.
Em resumo
Sombras no Deserto estreia com fanfarra e controvérsia, prometendo mais susto do que reverência. Para o público cristão, a dica é clara: a trama pode ser vista como produto de entretenimento, mas não como afirmação de fé ou retrato fiel da vida de Jesus. Avalie antes, assista com cuidado, e evite que a ficção se sobreponha à convicção.
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