A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (29) a Operação Imperium Messis, que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo servidores do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e empresários do setor de exportações de alimentos em Roraima.
Entre os alvos da operação está o empresário cuiabano Willians Paulo Mischur, que teve mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá.
Durante a ação, a PF apreendeu carros de luxo e determinou o bloqueio de bens e valores até o limite de R$ 1,8 milhão. A operação mobilizou 43 policiais federais e quatro auditores da Controladoria-Geral da União (CGU), com 11 mandados cumpridos em Boa Vista, Cantá e Cuiabá.
Segundo a investigação, o grupo teria se beneficiado de irregularidades na fiscalização de mercadorias destinadas à exportação para a Venezuela.
A partir de 2020, as atividades da Superintendência do Mapa em Roraima — antes realizadas nas dependências da Receita Federal em Pacaraima — passaram a ocorrer em uma empresa privada em Boa Vista, que funcionava como entreposto aduaneiro, abrindo espaço para a manipulação de processos de exportação.
De acordo com a Polícia Federal, servidores públicos teriam recebido pagamentos indevidos por meio de intermediários e empresas de fachada, com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos recursos. Os investigados devem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Histórico polêmico
Willians Mischur não é um nome novo no noticiário policial. Ele já havia sido citado na Operação Sodoma, que investigou um dos maiores esquemas de corrupção da história recente de Mato Grosso. Na época, foi acusado de pagar R$ 17,6 milhões em propina ao ex-governador Silval Barbosa e ao ex-deputado José Riva.
Preso duas vezes durante aquela operação, Mischur acabou firmando delação premiada, passando de réu a vítima, após o Ministério Público reconhecer que ele teria sido coagido a participar do esquema.
Desde então, o empresário passou a atuar como coach e produtor de conteúdo digital, com postagens sobre prosperidade e superação em suas redes sociais.
Em um dos vídeos publicados no Instagram, Mischur aparece afirmando:
“Prosperidade nem sempre é só dinheiro. São vários pilares. Muitas vezes as pessoas consideradas prósperas não têm paz, não têm uma família estruturada, nem amigos verdadeiros.”
Agora, Mischur volta ao centro das atenções — desta vez, novamente ligado a denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro, em uma operação que pode ter desdobramentos em outros estados.
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