Um dos maiores problemas da malha urbana de Cáceres não vem apenas da falta de pavimentação, mas também de quem deveria cuidar da infraestrutura depois das manutenções. A Águas do Pantanal, responsável pelo abastecimento e esgoto do município, tem sido alvo constante de críticas por rasgar o asfalto ou o paralelepípedo para reparos nas redes e deixar o local sem o devido acabamento.
É claro que as manutenções são necessárias — ninguém questiona a importância de consertar vazamentos e evitar o desperdício de água. O problema é a forma como o serviço é finalizado: buracos mal tapados, desníveis, lajotas soltas e remendos malfeitos que se multiplicam pelas ruas da cidade. O resultado é um cenário de asfalto remendado e danificado, prejudicando motoristas, pedestres e a própria imagem da cidade.
Enquanto isso, em Cuiabá, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) decidiu recentemente que a concessionária Águas Cuiabá é obrigada a reparar integralmente os danos causados nas vias públicas após intervenções. A determinação inclui tanto o reparo do asfalto quanto a recomposição adequada de calçadas e paralelepípedos, de forma a devolver as ruas ao estado original.
Em Cáceres, porém, nada semelhante é feito até o momento. Apesar das inúmeras reclamações da população, não há fiscalização efetiva nem exigência formal para que a Águas do Pantanal seja responsabilizada pela má execução dos reparos que ela mesma provoca.
O que se vê é uma rotina repetitiva: a prefeitura asfalta uma rua, e pouco tempo depois a concessionária abre valas, faz o conserto e abandona o local em condições precárias, muitas vezes piores do que antes da intervenção.
Fica o exemplo de Cuiabá — onde o TCE interveio e impôs regras claras — e o contraste com Cáceres, onde a falta de ação continua deixando buracos e indignação pela cidade.
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