Documento aponta que atendimento seguiu o protocolo baseado nas informações repassadas; omissão inicial pode ter alterado toda a conduta médica
Conseguimos contato com um dos integrantes da equipe dos profissionais da saúde sobre o caso da morte do jovem Felipe, de 28 anos, ocorrida no início deste mês em Cáceres, a equipe do Folha de Cáceres teve acesso à versão técnica apresentada por um dos profissionais da área da saúde que atuaram no atendimento inicial.
A nova manifestação foi encaminhada à reportagem por uma familiar de um dos envolvidos no caso, que também atua na área jurídica. Ela informou que possuem toda a documentação e protocolos médicos que comprovam as informações, mas que os documentos são de uso restrito e não podem ser divulgados publicamente.
A seguir, os principais pontos relatados pela equipe técnica:
1️⃣ Segundo a enfermeira e os profissionais de plantão, no dia 3 de outubro, por volta das 00h20, o Corpo de Bombeiros foi acionado via Ciosp para atender uma ocorrência de um homem em possível coma alcoólico, na Rua São Jorge, bairro Cavalhada, lateral ao Bar da Mercês.
2️⃣ A equipe deslocou-se com uma enfermeira, um técnico e o motorista. No local, a vítima foi encontrada no chão, sem lesões visíveis ou sangramentos aparentes.
3️⃣ Havia quatro pessoas no local, incluindo o solicitante da ocorrência, que relatou à equipe que o homem estava muito alcoolizado, que havia se sentado, levantado e depois deitado novamente, não respondendo mais aos chamados.
4️⃣ Conforme o relato técnico, foi feito o atendimento conforme o protocolo estabelecido para o tipo de ocorrência descrita — ausência de trauma visível e histórico de suposta embriaguez.
5️⃣ O médico responsável pelo protocolo de regulação determinou o encaminhamento da vítima à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), com base nas informações repassadas e na ausência de sinais de ferimentos externos.
6️⃣ Na UPA, o paciente foi recebido por dois médicos, um enfermeiro e um técnico de enfermagem, que, segundo a equipe, procederam o atendimento inicial de acordo com o relato recebido. Todos os registros, segundo a nota, estão documentados nos protocolos oficiais de atendimento.
7️⃣ Por fim, a nota enfatiza “a importância da responsabilidade cívica e ética na comunicação de ocorrências ao Corpo de Bombeiros e na divulgação pública de informações”. A equipe reforça que a inversão, omissão ou falsificação de informações prejudica a avaliação inicial e compromete a imagem de profissionais que agiram dentro das diretrizes e protocolos estabelecidos.
“A conduta foi baseada em critérios técnicos e clínicos, e todas as ações estão devidamente registradas e documentadas”, conclui o comunicado.
O Folha de Cáceres ressalta que a versão do pai de Felipe continua sendo parte legítima e essencial da apuração, pois representa o sentimento de quem busca respostas. Esta nova manifestação, por sua vez, traz a visão técnica dos profissionais de saúde, e será fundamental para esclarecer em que ponto as falhas ocorreram — se no atendimento, na regulação, ou na omissão inicial de informações por quem presenciou o fato.
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