A pauta da Câmara Municipal da próxima semana promete ser movimentada, com diversos projetos e indicações de relevância social e ambiental. Uma das propostas que mais chamam atenção é de autoria do vereador engenheiro Wesley Lopes, que apresentou uma indicação ao Executivo Municipal, à Águas do Pantanal e à Secretaria de Meio Ambiente para a criação e regulamentação de um sistema de coleta e descarte adequado de animais mortos — exceto os de grande porte.
Pela proposta, o sistema seria regulamentado pela Secretaria de Meio Ambiente, em parceria com a Águas do Pantanal e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde, permitindo que o próprio cidadão possa solicitar o recolhimento por meio de protocolo ou contato direto com o órgão responsável.
Os animais recolhidos teriam destinação ambientalmente correta, com descarte realizado por cremação ou sepultamento em local apropriado, evitando a contaminação do solo, do lençol freático e a propagação de doenças.
A medida surge em um momento crucial, quando a questão do lixo e da limpeza urbana domina as discussões na Câmara e tem mobilizado diferentes parlamentares em busca de soluções conjuntas.
“Não é apenas uma questão estética, é de saúde pública e de responsabilidade ambiental. Precisamos garantir que o destino desses animais seja feito com respeito e segurança sanitária”, defendeu Wesley Lopes.
A proposta complementa outras iniciativas recentes. A vereadora Elis Enfermeira apresentou um projeto para a criação de um cemitério municipal de animais, que pode funcionar em conjunto com o sistema proposto, e o vereador Marcos Ribeiro protocolou um projeto de lei que cria um canal de denúncias para que a população possa reportar descarte irregular de lixo e entulho — inclusive com previsão de recompensa a quem denunciar após comprovação da infração.
O conjunto dessas medidas sinaliza uma possível mudança estrutural na forma como Cáceres lida com o descarte de resíduos e a limpeza urbana, problema que há anos gera reclamações e dá à cidade um aspecto de abandono.
“Essas propostas mostram que a Câmara começa a tratar o lixo como uma questão de gestão pública, não apenas de limpeza. É um passo importante rumo a uma cidade mais organizada, limpa e ambientalmente consciente”, avaliou um servidor da área técnica ouvido pela reportagem.
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