9 vereadores registram Boletim de Ocorrencia contra comunicador em Cáceres por difamação

A liberdade de expressão pode estar sendo colocada à prova em Cáceres. O comunicador, Castro Alves, conhecido por utilizar suas redes sociais para divulgar notícias e denúncias relacionadas à cidade, afirma ter sido alvo de um boletim de ocorrência registrado por nove vereadores da Câmara Municipal. O motivo? Suposta difamação.

Segundo o próprio comunicador, em um vídeo publicado em suas redes sociais, o que está por trás do BO é uma tentativa explícita de silenciamento. Ele sustenta que seu trabalho tem incomodado justamente por dar visibilidade a fatos e suspeitas que muitos gostariam de manter escondidos. “Eu falo o que o povo quer saber e o que os poderosos não querem ouvir”, afirmou em vídeo publicado na tarde desta segunda-feira.

Os vereadores que assinaram o boletim de ocorrência são Rubens Macedo, Jorge, Valdeníria, Isaías, Franco Valério, Magali, Pastor Júnior, Domingos e um nono nome citado como Marcos Eduardo Ribeiro.

Nos vídeos que circulam nas redes sociais, o comunicador reforça que todas as informações publicadas por ele são pautadas em suposições e denúncias públicas, sempre apresentadas com a ressalva de que estão “em apuração” ou “aguardando confirmação”. “Tenho um corpo jurídico que acompanha tudo. Nenhuma palavra é dita ao acaso. Eu não afirmo, eu questiono. Não há crime em levantar uma dúvida ou investigar o que precisa ser esclarecido.”

A polêmica ganhou as redes e acendeu novamente o debate sobre os limites da liberdade de expressão, especialmente quando se trata do papel dos comunicadores independentes. Enquanto alguns setores da sociedade enxergam o comunicador como um porta-voz da população que fiscaliza o poder, outros o acusam de extrapolar e usar as redes para promover ataques pessoais sem provas.

A pergunta que fica é: será que expor uma dúvida ou levantar questionamentos públicos sobre figuras políticas virou crime? Ou estamos diante de mais um caso de tentativa de intimidação por parte de quem deveria ser fiscalizado?

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