Na primeira decisão de impacto global tomada por Papa Leão XIV desde sua eleição, o Brasil foi o cenário escolhido para marcar o início de seu pontificado no campo pastoral: a elevação da Diocese de São José do Rio Preto (SP) à categoria de Arquidiocese. E a escolha do primeiro arcebispo é ainda mais significativa para os fiéis de Cáceres: Dom Antônio Emídio Vilar, que foi o último bispo da Diocese de São Luiz de Cáceres, assume a missão como o novo arcebispo da recém-criada província eclesiástica.
A decisão foi anunciada nesta semana, pelo próprio Vaticano, e simboliza não apenas a importância estratégica da cidade paulista no cenário eclesial brasileiro, mas também o reconhecimento da trajetória de Dom Vilar, que deixou marcas profundas em Cáceres e toda a região Oeste de Mato Grosso.
Do coração do Pantanal à nova Arquidiocese
Dom Vilar liderou a Diocese de São Luiz de Cáceres de 2011 a 2021, sendo responsável por importantes iniciativas pastorais, vocacionais e missionárias. Seu perfil discreto, firme na doutrina e próximo do povo o tornou figura querida entre os fiéis cacerenses, e seu nome é lembrado com carinho mesmo após sua transferência para São José do Rio Preto.
Agora, ele se torna o primeiro arcebispo de uma nova metrópole eclesiástica, formada pelas dioceses de Catanduva, Jales e Votuporanga, que passam a compor a nova província.
Um gesto simbólico de Leão XIV
A escolha do Brasil como destino da primeira ação diocesana do novo Papa, poucos dias após sua eleição, é simbólica e carrega um recado: a atenção do pontificado está voltada para as periferias, para o Sul Global, e para pastores com raízes missionárias e populares.
Cáceres, mesmo longe de Roma, volta a ser lembrada no coração da Igreja — através de um bispo que aqui deixou sua história e que agora entra para a história como o primeiro arcebispo de uma Arquidiocese recém-nascida.
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