O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, cobrou nesta terça-feira (20) uma ação imediata do Governo do Estado para resolver o colapso no sistema de saúde de Cáceres. A declaração foi feita com ênfase durante sessão plenária do TCE, e expõe com clareza o reconhecimento oficial da gravidade da situação vivida por pacientes e profissionais no município.
“Não podemos aceitar crianças e pessoas morrendo na fila por uma vaga. O Estado precisa agir agora, e não empurrar o problema para os municípios”, afirmou o conselheiro.
A cobrança vem dias após a realização da audiência pública convocada pela Câmara Municipal, onde o presidente da Casa, vereador Flávio Negação, reuniu autoridades locais, estaduais, população e lideranças religiosas para escancarar a crise da saúde — que inclui superlotação na UPA, falta de atendimento nas UBSs, e ausência de leitos nos hospitais regionais.
Câmara alerta, TCE cobra, e o Estado?
O movimento do TCE-MT reforça que a crise da saúde em Cáceres ultrapassou o debate político local e agora é pauta nos tribunais e nos órgãos de controle. A atuação do presidente da Câmara, Flávio Negação, ao organizar a audiência e se reunir com diversas lideranças, tem mostrado que o Legislativo municipal não está omisso — ao contrário, está exigindo providências reais.
“Estamos buscando todos os meios legais, políticos e institucionais para garantir que a população de Cáceres volte a ter dignidade no atendimento básico. A Câmara não vai se calar enquanto houver uma única família sofrendo abandono”, declarou Negação.
A pressão agora está nas mãos do Executivo Estadual, que precisa responder se pretende intervir diretamente na gestão hospitalar da região ou continuar empurrando a responsabilidade para os municípios.
Para Negação essa solução imediata ainda assim não resolveria, para resolver esse problema de vez, teriamos que ter o nosso hospital, o Hospital Universitário, "enquanto não tivermos pelo menos um planejamento para isso não posso descansar". completa.
O recado do TCE-MT
Além da cobrança, o presidente do TCE informou que a equipe técnica do tribunal está acompanhando o caso e pode recomendar medidas emergenciais. O foco agora é evitar novas mortes por omissão e lentidão, especialmente diante de casos já denunciados em audiência pública, como a morte de um pai que não conseguiu atendimento e uma criança dormindo no chão da UPA.
A população segue em vigília, e a cobrança agora vem de todos os lados.
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