Nos últimos dias, a Prefeitura de Cáceres tem divulgado com destaque em suas redes sociais uma suposta "mega operação de tapa-buracos" em diversas vias do município. Com vídeos editados, fotos aéreas e frases de efeito, a gestão tenta passar a imagem de que está resolvendo o problema crônico da infraestrutura urbana.
Mas, como dizem nas ruas, a realidade é bem diferente da postagem no Instagram.
Um dos exemplos mais simbólicos está na via que passa ao lado da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, região de grande circulação de veículos e pedestres. Segundo moradores, a Prefeitura realmente enviou uma equipe ao local, mas fez apenas uma intervenção superficial no centro da pista, deixando os buracos das laterais intactos.
“Foi só pra fazer vídeo. Taparam o meio da rua e deixaram as beiradas como estavam. Quando chove, forma poça, lama, o cheiro fica insuportável. E quem mora aqui continua desviando buraco todos os dias”, relatou um morador.
Buracos seletivos, manutenção parcial
A prática tem se repetido em várias partes da cidade: pontos de maior visibilidade recebem uma "maquiagem", enquanto o entorno segue abandonado. Isso tem gerado não só indignação, mas também uma pergunta incômoda: a quem essa operação realmente serve? À cidade ou ao marketing da gestão?
O problema é que, com o tempo, esses “remendos promocionais” voltam a se deteriorar, geram acúmulo de água, favorecem a proliferação de insetos, desgastam os veículos dos moradores e mantêm o cenário de abandono — só que agora maquiado.
O cidadão enxerga o que as fotos não mostra
O povo já entendeu: as redes sociais da Prefeitura mostram a obra do meio da ruamaquiada, mas a vida real é bem diferente, nos bairros onde o tapa-buraco nunca chega.
Enquanto isso, o asfalto segue quebrado, a cidade fedendo nas poças esquecidas, e a população driblando buraco com carro, moto, bicicleta e carrinho de bebê.
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