A crise na saúde pública de Cáceres dominou os debates na sessão ordinária da Câmara Municipal nesta segunda-feira (6). O vereador Rubens Macedo atribuiu a superlotação da UPA e demais unidades de saúde ao atendimento prestado a pacientes bolivianos e de municípios vizinhos, já que Cáceres está na região de fronteira.
“A demanda é enorme, não só dos moradores de Cáceres, mas de bolivianos e cidades do entorno. O Estado precisa assumir a responsabilidade também”, afirmou Rubens, em defesa da gestão municipal.
A vereadora Elis, porém, discordou frontalmente e afirmou que o colapso é resultado direto da má gestão da prefeita Eliene Liberato, citando a falta de estrutura nas UBSs, ausência de agendamento e precariedade nos atendimentos.
“Se tivéssemos dado à saúde básica o mesmo empenho que deram para contratar agência de marketing, não estaríamos assim. A população quer médico, vacina e consulta, não outdoor nem vídeo bonito”, disparou.
Elis também informou que esteve pessoalmente nas UBSs, onde ouviu relatos de moradores que não conseguem sequer marcar consultas básicas, o que leva a população a lotar a UPA por sintomas que poderiam ser resolvidos na atenção primária.
Reunião decisiva acontece nesta quinta (8)
Diante dos casos graves e da repercussão do vídeo de uma criança dormindo no chão da UPA, que viralizou no fim de semana, a Câmara Municipal realizará uma reunião emergencial na próxima quinta-feira, 8 de maio, às 19h, no plenário.
O presidente da Casa, vereador Flávio Negação, afirmou que será um momento de cobrança direta por soluções reais, com participação de autoridades locais, Ministério Público, Secretaria de Saúde e representantes da sociedade.
“Não dá mais para empurrar com a barriga. Vamos cobrar respostas e agir. A população não aguenta mais esse descaso”, disse Negação.
📽️ Assista aos vídeos e acompanhe os desdobramentos dessa crise que atinge diretamente a vida de milhares de cacerenses.
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