A Prefeitura de Cáceres tem tornado rotina o envio incompleto – ou sequer o envio – de documentos necessários para análise de projetos importantes pelo Legislativo. O caso mais recente ocorreu nesta quarta-feira (10), quando uma sessão extraordinária foi cancelada por falta de documentação vinda do Executivo.
A convocação havia sido feita com expectativa de votar projetos de interesse da própria Prefeitura, inclusive temas que impactam diretamente o funcionalismo público e a população. No entanto, sem os anexos obrigatórios e explicações mínimas sobre as propostas, os vereadores não puderam sequer discutir o mérito. Resultado: reunião desmarcada, tempo desperdiçado e mais uma demonstração de improviso administrativo.
Este não é um episódio isolado. No caso do polêmico projeto do RGA (Reajuste Geral Anual), por exemplo, a Prefeitura encaminhou o texto de forma incompleta, sem embasamento técnico suficiente, gerando críticas de diversos vereadores que acusaram a gestão de "empurrar" decisões sem diálogo nem planejamento.
O presidente da Câmara, Flavio Negação, tem reforçado que a Casa não é carimbadora automática de projetos do Executivo e que o mínimo exigido é o envio correto e completo dos documentos.
Enquanto isso, os servidores aguardam respostas, projetos param e a população observa a crescente falta de organização — ou pior, o aparente desinteresse em cumprir o processo legislativo como manda a lei.
A pergunta que fica: até quando o improviso vai pautar a relação da Prefeitura com o Legislativo?