O Governo de Mato Grosso do Sul informou que vai analisar o comportamento da onça-pintada envolvida em um ataque fatal dentro do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande. O caso aconteceu no último sábado (20), quando um tratador foi atacado e não resistiu aos ferimentos, gerando comoção e questionamentos sobre a segurança no local.
A onça em questão é o macho “Ousado”, resgatado ainda filhote após ser ferido durante os incêndios no Pantanal em 2020, e que se tornou símbolo da recuperação da fauna do bioma. O animal vive em cativeiro desde então.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o Governo vai reunir especialistas para estudar a conduta do felino, além de rever protocolos internos. A pasta garantiu que nenhuma medida será tomada de forma precipitada, e que o bem-estar animal será respeitado ao lado da segurança humana.
O governador Eduardo Riedel lamentou a tragédia e determinou total acompanhamento do caso. A Polícia Civil também abriu inquérito para apurar as circunstâncias do ataque.
A morte do funcionário levanta um debate sensível: até que ponto animais selvagens podem se adaptar à convivência com humanos, mesmo em ambiente controlado? E mais — o que muda, agora, para outros centros que mantêm felinos de grande porte sob cuidados?
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