O sistema Vigia Mais MT tem se mostrado uma ferramenta eficiente no combate ao crime em Mato Grosso. Durante o Carnaval, as câmeras de monitoramento ajudaram na prisão de seis foragidos da Justiça, provando que a tecnologia pode ser um grande aliado na segurança pública. No entanto, enquanto cidades se beneficiam desse avanço, assentamentos e comunidades mais afastadas continuam desprotegidos por falta de iniciativa da Prefeitura.
Um exemplo claro dessa negligência é o Assentamento Boa Esperança em Cáceres, onde moradores convivem com insegurança e crimes ambientais sem qualquer tipo de monitoramento. A ausência de câmeras facilita não apenas ações criminosas, mas também problemas ambientais graves, como queimadas irregulares e descarte ilegal de lixo – especialmente durante o período de seca, quando o risco de incêndios descontrolados aumenta.
Falta de planejamento e descaso com a população rural
Os moradores do Boa Esperança denunciam que crimes ambientais ocorrem frequentemente, mas sem monitoramento, não há como responsabilizar os infratores. Além das queimadas criminosas, o descarte de lixo em locais irregulares tem favorecido a proliferação de doenças, como a dengue, colocando a saúde da comunidade em risco.
Enquanto isso, a Prefeitura não demonstra interesse em expandir o programa de monitoramento para essas áreas, deixando os moradores entregues à própria sorte. O Vigia Mais MT já provou ser eficaz, mas a falta de vontade política e planejamento impede que esse benefício chegue a quem realmente precisa.
A pergunta que fica é: por que a Prefeitura não articula a instalação dessas câmeras em regiões vulneráveis? O que impede que a tecnologia, que já está disponível, seja usada para proteger comunidades mais afastadas e o meio ambiente?
A resposta, infelizmente, parece ser a falta de prioridade para as demandas da população rural, que segue esquecida enquanto crimes ambientais e de segurança continuam acontecendo.