População paga a conta: Supostas Manobras Políticas Arruínam a População

 Em meio à crise financeira que atinge a Prefeitura de Cáceres, a população pode ter mais um golpe no bolso: a tarifa de água e esgoto está prestes a sofrer um aumento de 29,60%. A proposta de reajuste, já amplamente criticada por vereadores como Cézare Pastorello (PT), acontece justamente no momento em que o vice-prefeito Luiz Landim — que foi presidente da Câmara Municipal durante os anos de maiores gastos do Executivo — é o indicado da prefeita Eliene para assumir o comando da autarquia Águas do Pantanal.


Coincidência ou estratégia? Agora, tudo “em casa”

A indicação de Landim, que já foi peça-chave no apoio político da prefeita, reforça a sensação de que agora tudo está “em casa”. O cenário levanta suspeitas: a Câmara, que deveria fiscalizar com mais rigor os gastos públicosna gestão passada, passou a apoiar sem grandes resistências as decisões do Executivo, inclusive em períodos marcados por obras emergenciais feitas às pressas e com qualidade questionável — o que, inclusive, contribuiu para o atual rombo nos cofres públicos.

Agora, sem dinheiro para manter os serviços e honrar compromissos básicos, o reajuste da água aparece como alternativa para “recompor o caixa”. Resta saber se é justo que os contribuintes arquem com uma conta que, em tese, é reflexo de má gestão e falta de planejamento.


Sabatina adiada, mas aumento segue avançando

Landim seria sabatinado no último dia 19, mas o processo foi adiado para o dia 2 de abril após pedido de vista da Comissão de Constituição e Justiça. Enquanto isso, o aumento já está em vias de aprovação. A alegação da autarquia é que os custos operacionais subiram e que os investimentos precisam continuar, mas o cenário interno da própria prefeitura mostra que o problema vai além da inflação.


Prefeitura sem recursos e corte de secretarias

Não é segredo que a gestão de Eliene enfrenta dificuldades financeiras. A própria prefeita já admitiu a necessidade de cortar até cinco secretarias. Fontes da oposição afirmam que o descontrole começou ainda no período pré-eleitoral, quando foram autorizadas inúmeras obras, muitas delas inacabadas ou com execução duvidosa. O vice-prefeito, agora cotado para chefiar a Águas do Pantanal, estava à frente da Câmara na época e pouco questionou os investimentos.


A população deve pagar o preço?

A pergunta que fica é: o reajuste de quase 30% na tarifa de água é inevitável? Ou é apenas mais uma tentativa de transferir para a população a conta de uma gestão que perdeu o controle das finanças?

A resposta deve começar a ser desenhada nos próximos dias, com a sabatina de Landim e a deliberação sobre o aumento. Mas, para muitos moradores, o sentimento é claro: a fatura está cara demais — e não estamos falando só da conta de água.



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