Pensei: Só faltava essa, mas agora, nada mais me espanta!

Carro da autarquia apreendido, obras abandonadas, RGA travado, saúde em colapso, promessas esquecidas e contratos milhonarios. O que mais falta?

Nada mais espanta o cidadão cacerense. A gestão municipal, que já vinha sendo alvo de críticas constantes, agora acumula um verdadeiro combo de problemas que mostram o descontrole administrativo que se instalou em Cáceres. A cada semana, um novo capítulo é adicionado a essa novela da desorganização pública.

Nos últimos dias, um fato curioso — e ao mesmo tempo revoltante — chamou a atenção: um veículo oficial da autarquia Águas do Pantanal foi apreendido por irregularidades, segundo apuração preliminar. Se até a frota pública está andando irregular, o que mais está errado nos bastidores da administração?

Mas esse não é um caso isolado. A cidade está mergulhada em um cenário de obras paralisadas, desabastecimento de médicos na UPA, falta de transparência na Fipe, e o RGA dos servidores virou um jogo de empurrar a culpa para Câmara, enquanto os trabalhadores seguem aguardando seus direitos.

Além disso, a autarquia Águas do Pantanal, uma das mais caras do estado (e talvez do país), recentemente anunciou um aumento nas tarifas, mesmo diante da péssima prestação de serviços e denúncias recorrentes da população sobre a falta de abastecimento, demora no atendimento e ausência de estrutura para emergências. Tudo isso enquanto a cidade continua sofrendo com a epidemia de dengue e outras doenças ligadas à má gestão da saúde pública.

A segunda-feira (próxima) promete ser agitada: será a tão esperada votação do RGA — que até agora virou uma disputa de narrativas — e ainda deve ocorrer a sabatina do vice-prefeito Odenil para assumir a presidência da Águas do Pantanal, uma nomeação que já carrega uma enorme responsabilidade e muitas desconfianças, considerando o estado crítico da autarquia.

Enquanto isso, a cidade que já teve atrações culturais e shows quase todos os finais de semana, hoje se vê apagada, sem eventos, sem lazer e sem perspectiva. A população, antes esperançosa com o ritmo acelerado de obras, agora assiste ao retrocesso e à estagnação de um município que parecia estar entrando nos trilhos, mas que agora patina, sem liderança clara e com promessas cada vez mais distantes da realidade.

Cáceres pede socorro. E, mais do que nunca, cobra responsabilidade, respeito e resultados.




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