Preparem os bolsos: o churrasco está cada vez mais distante

Em outubro, o preço da carne bovina registrou um aumento significativo de mais de 35%, e as projeções indicam que os valores continuarão a subir até o final do ano. Essa alta contrasta com a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tornar o churrasco acessível novamente para a população de menor renda.


No início de seu mandato, Lula enfrentou críticas ao sugerir o consumo de abóbora como alternativa à carne, o que gerou uma onda de memes e piadas nas redes sociais. Agora, com a escalada dos preços e a equipe econômica liderada por Fernando Haddad buscando conter gastos e equilibrar as contas públicas, a situação se torna ainda mais desafiadora.


Especialistas apontam que a alta nos preços da carne está relacionada a diversos fatores, incluindo o aumento das exportações e a redução da oferta no mercado interno. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro mostrou que os consumidores pagaram, em média, 5,81% a mais pelas carnes, com cortes populares como acém e costela liderando as altas. 


A inflação acumulada em 12 meses até outubro foi de 4,76%, impulsionada por aumentos nos preços de alimentos e tarifas de energia. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou a projeção de inflação para 2024, estimando o IPCA em 4,40%, acima do centro da meta do Banco Central de 3%. 


Diante desse cenário, a população brasileira enfrenta dificuldades para manter o tradicional churrasco em suas mesas, e as promessas de campanha de Lula são novamente questionadas. Enquanto isso, a equipe econômica busca soluções para conter a inflação e retomar o poder de compra dos brasileiros, mas os desafios permanecem significativos.



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