A campanha da prefeita e candidata à reeleição, Eliene Liberato (PSB), tem enfrentado uma série de desafios jurídicos que colocam em risco sua continuidade na disputa eleitoral. Com quatro pedidos de cassação protocolados até o momento, Eliene corre o risco de não apenas ser retirada da corrida pela prefeitura de Cáceres, mas também de ficar inelegível por quatro anos. A pergunta que muitos eleitores se fazem é: por que a campanha de Eliene está sendo alvo de tantas ações judiciais?
De acordo com a oposição, Eliene teria usado recursos públicos de forma estratégica, reservando grande parte das verbas destinadas ao município, incluindo aquelas obtidas durante a gestão de seu antecessor, Francis Maris, para serem utilizadas somente no ano eleitoral. Essa prática teria como objetivo favorecer sua candidatura, utilizando a máquina pública em benefício próprio, uma tática que, segundo os críticos, desequilibra a disputa eleitoral e fere o princípio da igualdade entre os candidatos.
As denúncias não param por aí. Diversos vídeos foram gravados em prédios públicos, como escolas e postos de saúde, durante o horário de funcionamento, com a participação de servidores municipais. Tais ações foram amplamente divulgadas nas redes sociais, mostrando encenações em que professoras e enfermeiras eram destacadas, interrompendo suas atividades para promover a campanha da prefeita.
Esse uso indevido da estrutura pública é apontado pela oposição como abuso de poder político e econômico, uma prática condenada pela jurisprudência eleitoral. Candidatos rivais, como Francis Maris e Sergio Arruda, afirmam que não tiveram a mesma oportunidade de gravar vídeos em prédios públicos com a participação de servidores, o que compromete a isonomia da campanha e coloca em xeque a lisura do pleito.
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Eliene já enfrenta quatro Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), sendo três movidas pela equipe jurídica de Francis Maris e uma pela coligação de Sergio Arruda. Caso qualquer uma dessas ações seja julgada procedente, a prefeita corre o risco de ter sua candidatura cassada e de ficar inelegível por oito anos, conforme a Lei Complementar nº 64/90.
A crítica que se levanta é se o uso estratégico das verbas e da máquina pública está sendo utilizado para influenciar o resultado eleitoral. O impacto desse tipo de prática no equilíbrio da disputa é profundo, e as ações movidas contra Eliene são um reflexo do descontentamento de seus opositores com a maneira como a campanha vem sendo conduzida.