Um filme cristão lançado no último dia 4, nos Estados Unidos, está mostrando ao mundo como a indústria cinematográfica, se utilizada de forma competente, pode servir como uma ferramenta para fazer a sociedade despertar sobre questões ligadas à fé e à proteção da infância, duas coisas muito atacadas na atualidade.
A produção em questão se tratada de Sound of Freedom (Som da Liberdade), cujo protagonista é o ator Jim Caviezel, o mesmo que estrelou A Paixão de Cristo, dirigido por Mel Gibson em 2004.
O filme Som da Liberdade aborda a exploração sexual de crianças e adolescentes, trazendo à tona a monstruosa indústria do tráfico sexual humano. Em poucos dias de lançamento, a trama já arrecadou mais de 14,2 milhões de dólares, quase 3 milhões a mais que Indiana Jones e a Relíquia do Destino, da Walt Disney Pictures.
História chocante
O filme cristão conta a trajetória profissional de Tim Ballard, ex-agente especial do Departamento de Segurança dos Estados Unidos. Interpretado por Caviezel, a trama se baseia em relatos verídicos sobre o combate ao tráfico sexual de crianças.
De acordo com dados oficiais, o trafico humano é um dos mais obscuros e poderosos do planeta, competindo apenas com o tráfico de armas e drogas. Nesse “mercado”, crianças, jovens e adultos são tratados como mercadorias sexuais e para extração de órgãos, sendo verdadeiros escravos, alguns a vida inteira, dos agentes do crime.
“Os americanos estão acordando, agora”, disse Caviezel ao comentar em uma entrevista sobre o sucesso explosivo de Som da Liberdade. O ator foi questionado sobre a reação espantosa da grande indústria ao se deparar com a arrecadação milionária de bilheteria do filme cristão, mais do que a grande produções da Disney.
“Se trata de crianças”, completou o ator, dizendo que há um interesse genuíno das pessoas em proteção à infância, algo que estava sendo negligenciado. Caviezel disse ainda que se sente orgulhoso por participar dessa produção, sendo a melhor desde a Paixão de Cristo.
Arma nas mãos
O produtor do filme cristão Som da Liberdade, Eduardo Verástegui, também comentou sobre o sucesso da produção, destacando que ele mesmo, enquanto pessoa, não poderia ter ficado em silêncio diante da grave realidade do tráfico sexual de crianças.
“Você não pode ficar calado, eu não vou ficar calado, Não vou virar para o outro lado, quero agir, quero fazer alguma coisa”, disse ele. Ciente de que o tráfico humano envolve pessoas e grupos poderosos, o cineasta falou que a melhor “arma” que possui contra eles é o cinema.
“Nós somos cineastas, temos uma arma, uma arma muito poderosa que é o cinema, é uma arma de instrução massiva e de inspiração”, completou Verástegui, segundo informações da ACI Digital.