A Polícia Civil cumpriu na noite de quinta-feira (22) mais um mandado de prisão preventiva decorrente da Operação Efialtes, deflagrada em dezembro de 2022, para apurar a violação de lacres e troca de material entorpecente apreendido em Cáceres (228 km a oeste de Cuiabá).
A prisão foi efetuada meio da Corregedoria-Geral da corporação.
O alvo, que estava com o mandado em aberto desde a deflagração da Operação e ainda não havia sido localizado, é apontado como principal articulador do esquema financeiro do desvio de drogas do depósito da Delegacia Especial de Fronteira (Defron) e da Delegacia de Cáceres.
Com informações do paradeiro do foragido, os policiais civis da Corregedoria-Geral fizeram diligências conseguindo prender o alvo na noite de quinta-feira (22), em Várzea Grande, após um intenso trabalho de investigação para sua captura.
Com a prisão do foragido, todos os mandados expedidos em razão da investigação foram cumpridos.
Investigações
As investigações realizadas em inquérito instaurado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil iniciaram em abril de 2022, após o órgão corregedor receber a notificação de que, durante a incineração de drogas realizada pela Delegacia Especializada da Fronteira (Defron), foi constatada a violação de lacres das embalagens de perícia dos entorpecentes apreendidos.
Entre os alvos da operação, estão cinco policiais civis lotados na 1ª Delegacia de Polícia de Cáceres e na Defron.
A Corregedoria da Polícia Civil iniciou a investigação em abril de 2022, quando policiais da Defron realizavam incineração de uma tonelada de droga e descobriram que alguns lacres haviam sido rompidos e parte do material substituído.
Na ocasião, a Perícia Técnica (Politec) esteve no local para análise dos dados e dos lacres, mas a presença dos peritos teria deixado alguns policiais desconfortáveis. Dois dos alvos da operação estariam entre os servidores que realizavam a incineração.
