A Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgou um informativo epidemiológico sobre notificações de casos de Febre Maculosa em Mato Grosso. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (21), por meio da Secretaria Adjunta de Atenção e Vigilância em Saúde. Já são cinco casos notificados, sendo dois já descartados pela pasta.
Conforme o boletim, entre janeiro e junho foram notificados 5 casos em Mato Grosso, sendo dois casos descartados, nos municípios de Alta Floresta e Querência e outros três ainda estão em investigação, em Arenápolis e dois em Barra do Garças.
A doença
A Febre Maculosa Brasileira é uma doença causada por bactérias do gênero Rickettsia e das espécies Rickettsia rickettsii e Rickettsia parkeri , família Rickettsiaceae, transmitidas principalmente pela picada de carrapatos, geralmente o carrapato estrela, comumente encontrado e áreas rurais e silvestres como equinos, bovinos, capivaras, gambás, entre outros. No entanto, outras espécies de carrapatos, pulgas, piolhos e ácaros também podem ser transmissores da doença.
Por ser uma doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável, os sintomas geralmente são febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e dor muscular constante, que surgem entre 2º ao 14º dia após a picada do carrapato.
Tratamento
Apesar de fatal, a febre maculosa, se descoberta precocemente, tem tratamento através de uma terapêutica antibiótica específica de doxiciclina. Em princípio, a duração do tratamento é de 7 dias, podendo ser eventualmente interrompido após 48h a 72h na ausência de febre e avaliação médica. O cloranfenicol é considerado segunda opção, podendo ser usado como antimicrobiano alternativo na falta de doxiciclina ou em caso de intolerância incontornável.
A Ses destaca que parques, praças, fazendas, pastos, matas, pesqueiros e vegetação próximo a rios, córregos e lagoas, são considerados locias de risco e devem ser evitados. Outra recomendação é evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos.
Ademais, em caso em que seja necessário frequentar esses locais, o indicado é usar calças compridas com a parte inferior por dentro das botas e lacrá-las com fita, usar roupas claras para facilitar a visualização dos carrapatos. Em caso de contato do acarraspato com a pele, retirá-lo com pinça, sem esmagá-lo pois pode haver liberação das Rickettsia que podem penetrar microlesões na pele, e lavar a área com água e sabão. Além de promover ações para controlar a infestação de carrapatos em animais e locais.