O novo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, autodeclarado apoiador de Lula, está determinado a apagar o legado da Operação Lava Jato. Em um despacho divulgado recentemente, Appio recomendou à Superintendência da Polícia Federal no Paraná uma nova investigação sobre um suposto grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Yousseff.
De acordo com as informações, a escuta teria ficado ativa entre os dias 17 e 29 de março de 2014, durante os primeiros dias de Yousseff na prisão. A defesa do doleiro alega ter reunido provas que comprovam a existência e atividade da escuta.
Appio considera Yousseff como a "caixa-preta" da Lava Jato e, caso a escuta ilegal seja confirmada, a defesa do doleiro poderá pedir a anulação de suas condenações, assim como do seu acordo de delação premiada. Isso pode ter um efeito cascata, levando à anulação de outras delações e condenações relacionadas à Operação Lava Jato. Fonte: O Antagonista (do portal UOL) - [LINK]
No entanto, a atuação de Appio enfrentou reveses no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A Corte Especial Administrativa decidiu, por maioria, afastar o juiz da Lava Jato em Curitiba. Appio terá que apresentar sua defesa em um prazo de 15 dias e também deverá entregar o computador desktop, o notebook e o celular funcional que estava utilizando desde que assumiu o cargo em fevereiro.
Os reveses enfrentados por Appio incluem a reversão de suas decisões em casos envolvendo o advogado Rodrigo Tacla Duran, o ex-deputado Eduardo Cunha, o ex-doleiro Alberto Yousseff e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O juiz crítico a Moro e defensor de uma "Lava Jato 2.0" em Curitiba tem suas decisões questionadas quanto à imparcialidade. Fonte: O Globo - [LINK]
Agora, resta aguardar os desdobramentos da nova investigação recomendada por Appio e o desfecho do processo administrativo disciplinar contra ele, que será avaliado pela Corregedoria do TRF-4.
