Parece a cena mais ridícula já vista. Mas adolescente da era Tik Tok não para de inventar formas de correr riscos e agora andam fumando cotonetes.
Há muitos anos atrás, fumar era sinal de "status", elegância e maturidade, mas o máximo que a criançada fazia era papel sulfite enroladinho para parecer gente de cinema. Mas a criatividade do adolescente já tinha muitas outras formas de destruir os pulmões que vira e mexe voltam à tona.
O alerta atual dos pneumologistas é que crianças e adolescentes transformaram cotonetes em cigarros. Eles ensinam nas redes sociais e colocam uma essência qualquer em uma das pontas do algodão, acendem e inalam aquilo por segundos. Pode parecer inofensivo, mas há doença que compromete a saúde de muitos trabalhadores rurais, justamente, pelo trabalho em plantações de algodão.
A bissinose é um estreitamento das vias respiratórias causado pela aspiração de partículas de algodão. Essas fibras presentes não se desfazem e nem são expelidas tão rapidamente.
Mas a fumaça é ainda mais tóxica porque surge da junção com o plástico que também queima. Isso entra em combustão e qualquer inalação de substâncias tóxicas faz muito mal ao pulmão.
Com o passar do tempo, surge pressão no peito que se agrava, acompanhada de falta de ar, sibilância e redução da capacidade pulmonar. Em caso grave, há febre, dor nas articulações e músculos.
Para quem tem doenças preestabelecidas, como asma, as complicações podem ser ainda piores, inclusive, com parada cardiorrespiratória.
A orientação aos pais é atenção. Normalmente, quando o filho está inalando algo tóxico, os sintomas começam com tosse persistente, peito chiando e cansaço sem razão evidente.
Com mais essa novidade voltando à cena, pneumologista não tem paz, além dos cigarros eletrônicos, que levam à evali, doença descoberta depois de muitos jovens procurando os consultórios por usar os dispositivos.
É uma sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de produtos do chamado vaping. A doença é uma lesão pulmonar associada ao uso dos aparelhos, descrita pela primeira vez em 2019, nos Estados Unidos.
Os pais precisam saber o que os filhos estão consumindo também nas redes sociais. Tem alguns desafios que chegam ao absurdo de incentivar crianças a inalar desodorante.
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