Bolsonaro não reconhece derrota, apoia manifestações e condena bloqueios com tom de “sentimento de injustiça”

Durante pronunciamento no Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro se manifestou sobre as eleições de outubro. Ele não reconheceu a derrota para Lula, mas agradeceu os 58 milhões de votos recebidos e falou que as manifestações em todo o país são fruto de um “sentimento de injustiça”.

Para o presidente da República, os seus correligionários não podem adotar “os mesmos métodos da esquerda”. Contudo, Bolsonaro não fez pedido explícito para que não bloqueiem as rodovias federais, e que as manifestações são bem vindas.

Ao longo dos últimos dois dias, Jair Bolsonaro recebeu ligações de aliados, como o Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, pedindo para que ele pedisse pelo fim das manifestações.

“As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser o mesmo da esquerda que sempre prejudicaram a população. A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra os nossos valores: pátria, família e liberdade”, acrescentou.

Quero agradecer aos 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os protestos representam o sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”, disse o presidente da República.

Ainda no pronunciamento, Bolsonaro se colocou como o novo líder da direita brasileira para se contrapor a Lula nos próximos anos.


“Nosso sonho segue mais vivo do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Sempre fui rotulado de antidemocrático e sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar a mídia, ou as redes sociais”, declarou o chefe do Poder Executivo.

Apesar do semblante carregado, no início do pronunciamento Bolsonaro brincou com os jornalistas presentes na coletiva: “Vocês vão sentir minha falta, não?”



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