A política cacerense tem seus mistérios.
Mas nenhum deles supera a capacidade de certos políticos de realizarem verdadeiros milagres ideológicos sem nem precisar trocar de camisa.
E o caso mais comentado do momento é o do vereador Jorge, cuja metamorfose política virou praticamente estudo de caso nos bastidores da política.
Quando tudo começou, Jorge era o terror da gestão
Eleito pela oposição, alimentado pela oposição e, como dizem por aí, “criado no colo do papai”, Jorge surgiu como:
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voto decisivo da CPI,
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voz coerente,
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símbolo da vigilância,
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e até esperança de quem queria ver “fogo no parquinho”.
Não por acaso, foi apontado como uma das engrenagens essenciais para a CPI das Obras ganhar vida.
Era visto como “o menino de ouro” da oposição.
Mas esse roteiro tinha prazo de validade.
E venceu rápido.
Hoje? Hoje Jorge virou praticamente líder do governo — sem nem assinar o cargo
Nos bastidores, a frase que mais se escuta é:
“A líder oficial é Valdeníria, mas o líder de fato é o Jorge.”
E isso não é opinião.
É observação dos que acompanham:
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quem articula,
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quem orienta,
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quem defende,
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quem vota alinhado,
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quem representa a prefeita de fato,
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e quem está sempre onde o governo mais precisa.
Jorge virou um relógio político:
não atrasa, não adianta — funciona exatamente no tempo da gestão.
Do “queridinho do papai” ao “queridinho da mamãe”
E é aqui que entra a parte que a cidade inteira comenta — com sorriso no canto da boca, claro:
O vereador que antes era peça da oposição, hoje é tratado como “o queridinho da mamãe” dentro do governo.
Não se pode dizer que ele esta fazendo certo ou errado, mas o que dizem é que o ex prefeito ja coleciona nomes de quem foi feito por ele.
Não importa de onde veio, importa onde está.
E hoje ele está bem localizado, obrigado.
Não há documento oficial dizendo que ele é líder.
Mas também não precisa.
A política, diferente do papel, fala pelos gestos.
E os gestos dizem tudo.
A acidez dos bastidores não perdoa
Os comentários que circulam não são exatamente delicados:
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“Troca de lado mais rápido que voto de sessão especial.”
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“Quando viu onde o barco ia, atravessou o rio nadando.”
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“Era oposição de manhã e governo no almoço — evolução recorde.”
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“O governo não precisava de líder… ganhou um de brinde.”
E o mais simbólico:
A prefeita não precisou nomear ninguém.
O vereador se nomeou sozinho, pelo compromisso.
No fim, a história é sempre a mesma
Jorge não é o primeiro nem será o último a descobrir que:
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o lado mais confortável,
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o lado mais protegido,
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e o lado mais estratégico
é sempre o lado que está no poder.
A política de Cáceres tem seus clássicos, e um deles é simples:
Quem ontem era crítico, hoje é defensor. Quem ontem era independente, hoje é articulador. Quem ontem era oposição… hoje virou governo sem nem sentir.
A metamorfose de Jorge é só mais um capítulo dessa novela.
E, convenhamos, Cáceres adora uma novela.
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