Em meio à escuridão sobre 2026, Câmara e Prefeitura recebem selos máximos de transparência

Num momento em que Cáceres vive uma das maiores incertezas políticas da última década, sem clareza se teremos ao menos um deputado estadual representando a cidade em 2026, muito menos um deputado federal, dois movimentos recentes começam a iluminar um cenário que parecia completamente desfavorável.

Enquanto candidatos de fora circulam pela região em busca de votos e figuras locais pouco expressivas tentam se lançar para “fazer nome” nas próximas eleições, duas instituições do município conquistaram reconhecimentos históricos de transparência, colocando novamente Cáceres em destaque no Estado.

E esses sinais, ignorados por muitos, podem apontar para algo maior.

Câmara de Cáceres recebe selo de órgão mais transparente do Mato Grosso

A Câmara Municipal de Cáceres conquistou o selo de órgão mais transparente do Estado, segundo avaliação oficial.

Um marco que não surge do nada.

Sob a presidência de Flávio Negação, a Casa reorganizou fluxos, modernizou rotinas, ampliou publicidade dos atos e passou a adotar critérios rigorosos de conformidade. Embora o título seja institucional e pertença à Câmara como um todo, é impossível não reconhecer o papel do presidente, já que é ele quem:

  • direciona os trabalhos,

  • estabelece prioridades,

  • coordena a equipe,

  • e conduz a pauta administrativa.

Poucos dias antes desse reconhecimento, Negação já havia sido premiado como um dos seis presidentes de Câmara destaque do Mato Grosso, reforçando sua presença política e força técnica.

Durante a coletiva de imprensa da deputada e pré-candidata ao Senado Janaína Riva, o jornalista Eurimar, do Folha de Cáceres, questionou diretamente se Negação seria pré-candidato a deputado estadual.
A resposta veio sem rodeios:

“Meu nome está à disposição do partido. Existe possibilidade, sim.”

O sinal foi dado.

Prefeitura também conquista selo de transparência, e em nível ouro

Do outro lado da Praça, a Prefeitura de Cáceres, administrada pela prefeita Eliene Liberato Dias, recebeu o Selo Ouro de Transparência do Tribunal de Contas, atingindo 93% de conformidade, um dos índices mais altos do Estado.

É a primeira vez na história recente da administração municipal que Cáceres alcança esse patamar.

Assim como na Câmara, o reconhecimento não apaga os erros, problemas e falhas que este jornal sempre apontou e continuará apontando — doa a quem doer.
Mas essa conquista demonstra que, no quesito transparência, a gestão do Executivo não tem recuado.

Ao que tudo indica, porém, Eliene não deve disputar uma vaga de deputada.
O que abre outra pergunta nos bastidores:

Quem será o nome apoiado por ela em 2026?
Alguém da cidade?
Ou algum aliado de fora que tenha enviado recursos ao município?

Dois nomes com força real, e um município à deriva eleitoral

Diante desse cenário, há dois pontos inegáveis:

  1. Cáceres está prestes a entrar em uma eleição decisiva sem nenhuma liderança consolidada.

  2. Dois nomes surgem com peso, visibilidade e reconhecimento institucional:

    • Flávio Negação, pelo Legislativo;

    • Eliene, pelo Executivo (embora não tenha demonstrado interesse na disputa).

A pergunta que ninguém faz, mas que está fervendo nos bastidores, é:

Por que Cáceres não discute seriamente a possibilidade de lançar ao menos um desses nomes como representante estadual?

Enquanto isso:

  • candidatos de fora continuam colhendo votos aqui sem compromisso permanente com a cidade;

  • nomes desconhecidos surgem como pré-candidatos apenas para “fazer vitrine” pensando nas próximas eleições municipais;

  • e a população fica à beira de repetir o mesmo erro que a impede de eleger representantes próprios.

Talvez a solução esteja na frente de todos, só falta alguém dizer

Com a Câmara e a Prefeitura recebendo os maiores selos de transparência do Estado, com reconhecimentos oficiais inéditos e com dois líderes exercendo papel central na administração pública, talvez seja hora de Cáceres parar e refletir:

Será que a resposta para nossa falta de representatividade não está aqui dentro, e não lá fora?

Se a cidade quiser romper o ciclo histórico de votar em dezenas de candidatos e eleger ninguém, precisará olhar para suas próprias lideranças com seriedade, antes que seja tarde demais.


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