Cáceres poderá contar com programa de atenção integral a pessoas acumuladoras

Um novo projeto apresentado na Câmara Municipal poderá colocar Cáceres entre as poucas cidades do estado com políticas públicas voltadas ao cuidado e acompanhamento de pessoas em situação de acúmulo compulsivo de objetos e resíduos — condição popularmente conhecida como síndrome do acumulador.

A proposta feita pela vereadora Enfermeira Elis, sugere a criação do Programa Municipal de Atenção Integral a Pessoas Acumuladoras (PMAIPA), que uniria as Secretarias de Saúde e Assistência Social para realizar ações de mapeamento, higiene, acompanhamento psicossocial e orientação familiar.

Segundo a justificativa da proposta, esse tipo de caso é mais comum do que a maioria das pessoas imagina. Muitos moradores vivem em situações de acúmulo extremo dentro de casa, algo que a maioria associa apenas a programas de TV ou documentários, mas que em Cáceres tem aparecido com frequência crescente nas denúncias à Vigilância Sanitária e à Saúde Pública.

De acordo com a autora da indicação, o poder público ainda não possui um protocolo definido para lidar com esse tipo de situação, o que faz com que as equipes muitas vezes não saibam a quem recorrer ou como agir.

Além do sofrimento emocional, os acumuladores convivem com riscos sanitários graves, como proliferação de mosquitos, ratos e insetos, acúmulo de lixo e até risco de incêndios — situações que afetam não apenas os próprios moradores, mas também toda a vizinhança.

A proposta busca envolver uma rede multiprofissional, com atuação conjunta do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Estratégia Saúde da Família (ESF), CRAS, Vigilância Ambiental e Sanitária, e equipes de limpeza urbana.

Entre as ações previstas estão:

  • o mapeamento das residências em situação de acúmulo;

  • o encaminhamento para acompanhamento psicológico e social;

  • ações de limpeza e higienização com apoio técnico;

  • e campanhas educativas sobre saúde mental e descarte adequado de resíduos.

A iniciativa reforça que o problema deve ser tratado como questão de saúde pública e dignidade humana, e não apenas como um caso isolado de desorganização pessoal.

Se implementado, o programa poderá reduzir riscos sanitários, melhorar a qualidade de vida dos moradores e contribuir para o bem-estar coletivo, além de aliviar a sobrecarga de setores da saúde que lidam com os reflexos desse tipo de situação.

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