A Câmara Municipal de Cáceres aprovou nesta semana o projeto de lei que dá o nome de Padre Edson à praça localizada entre as ruas Rouxinol e Flamingo, nas proximidades da Igreja Cristo Trabalhador.
O projeto, apresentado pelo vereador Jerônimo Gonçalves, nasceu de uma sugestão feita pelo jornalista Eurimar, do Folha de Cáceres, que propôs a homenagem como forma de preservar a memória de um dos religiosos mais marcantes da cidade.
Padre Edson ficou conhecido por sua coragem e devoção durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, quando, movido pela fé e pelo compromisso pastoral, enfrentou o medo e levou a palavra de Deus às pessoas isoladas, celebrando missas e levando comunhão de casa em casa.
O gesto, segundo fiéis, foi um dos maiores símbolos de amor e entrega cristã já vistos em Cáceres — uma entrega que, tragicamente, acabou custando sua própria vida.
Em entrevista ao Folha de Cáceres, o jornalista Eurimar destacou que a homenagem representa um ato de reconhecimento e justiça histórica:
“Padre Edson não foi apenas um líder religioso. Ele foi um exemplo de humanidade. Lembrar pessoas como ele é essencial para que a cidade nunca esqueça de quem realmente fez parte da sua história”, afirmou Eurimar.
O jornalista também defendeu a importância de vincular os nomes de ruas e praças à história e identidade local, substituindo gradualmente os nomes genéricos que não possuem relação com a cultura ou as pessoas da cidade.
“Temos ruas com nomes de planetas, objetos ou referências que nada dizem sobre nossa essência. Precisamos resgatar o que é nosso — as pessoas, o Pantanal, as histórias que moldaram Cáceres. Isso é memória, e memória é o que sustenta uma cidade de verdade”, completou.
A aprovação do projeto foi bem recebida pela comunidade católica e por moradores da região, que destacaram o simbolismo da homenagem. A Praça Padre Edson agora eterniza o nome de um homem que transformou fé em presença e esperança em gesto, mesmo nos dias mais sombrios da pandemia.
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