A Receita Federal vai mexer com a vida de milhões de brasileiros. A partir de 2026, entra em vigor o Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), criado pela Instrução Normativa RFB nº 2.275/2025, que determina a integração dos dados de imóveis urbanos e rurais em todo o país.
Na prática, o CIB funciona como um “CPF dos imóveis”, cruzando informações de cartórios, prefeituras, autarquias e registros em um sistema único — o SINTER. Segundo o texto da própria Receita, o objetivo é garantir maior transparência sobre a posse, uso e rendimento dos imóveis, abrindo caminho para identificar situações de sonegação e irregularidade.
Entre os alvos dessa fiscalização estão os aluguéis não declarados. Mas a rede de cruzamento de dados vai além: adultos que moram com os pais, sem serem dependentes legais e sem contrato formal de aluguel ou comodato, poderão ser notificados pela Receita Federal. A lógica é simples: se um imóvel está registrado como ocupado, mas não há declaração de renda de aluguel por parte do proprietário, nem despesa de aluguel informada por quem mora, o sistema pode acusar inconsistência — e daí nasce a notificação.
Ou seja, o brasileiro que já passou dos 24 anos, não é mais dependente no Imposto de Renda e continua morando com os pais “de favor” poderá ter que provar a situação. Caso contrário, o Fisco pode entender que há um aluguel “oculto” e exigir tanto do proprietário quanto do morador a regularização — com impostos, juros e multas.
O ponto de partida é justamente o que diz a IN 2.275/2025:
“As informações dos imóveis, inclusive quanto à sua titularidade, utilização e destinação, deverão ser transmitidas de forma padronizada ao SINTER, para fins de integração e fiscalização tributária.”
Com esse dispositivo, abre-se a brecha para que a Receita use inteligência artificial e cruzamento de dados para mapear situações em que alguém ocupa um imóvel sem que exista formalização legal de aluguel ou comodato.
O cerco está fechando
Até hoje, milhares de famílias tratavam essa situação de forma informal, sem contrato algum. A partir de 2026, essa prática pode virar dor de cabeça. Não é criar um “novo imposto”, mas sim fechar brechas de sonegação.
O alerta é claro: quem mora com os pais sem pagar aluguel, e não é mais dependente legal, pode ser notificado pela Receita Federal já em 2026. Para evitar problemas, especialistas recomendam formalizar contratos de comodato (uso gratuito) ou de locação, deixando tudo documentado para o próximo Imposto de Renda.
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