mais um jovem é morto enquanto toda concentração policial foca nas blitzes da Lei Seca

Diariamente, de um a dois jovens ou adolescentes morrem em casa ou pela cidade, vítimas de violência, negligência ou tragédias que, muitas vezes, poderiam ser evitadas com atuação preventiva. Nesta sexta-feira, mais um jovem morreu — e o que estava acontecendo em paralelo? Uma intensa movimentação policial devido à Operação Lei Seca na entrada da cidade, nada impede que a segurança pública falhe novamente.

O que é a Operação Lei Seca

A Operação Lei Seca é uma iniciativa estadual, sob gestão do governo de Muro Mendes, que busca coibir o consumo de álcool por motoristas, prevenir acidentes de trânsito, autuar embriaguez ao volante e promover conscientização no trânsito. Ela atua com blitzes nas vias das cidades, fiscalizações de condutores suspeitos de dirigir alcoolizados e aplicação de penalidades previstas em lei.

Essa ação tem recebido elogios, especialmente pelo foco no trânsito seguro, mas moradores e especialistas reclamam: ao reforçar esse ponto, outras áreas da segurança pública estariam sendo deixadas de lado — prevenção de homicídios, policiamento comunitário, patrulhamento em bairros críticos.

A incongruência: blitz, visibilidade e mortes silenciosas

  • Apesar de blitzes visuais e ações de Lei Seca, jovens seguem morrendo em casa, vítimas de violência doméstica, latrocínio, homicídio ou até acidentes domésticos sem resposta preventiva adequada.

  • Moradores afirmam que toda vez que há uma concentração policial voltada à Lei Seca, as regiões internas, bairros periféricos e comunidades mais vulneráveis ficam com policiamento reduzido ou ocasionado por patrulhamento menos frequente.

  • O fenômeno revela uma espécie de priorização visível: operações que dão resultado de imagem ou que têm visibilidade, mas deixam lacunas gravíssimas nas áreas menos centrais ou nas políticas sociais de segurança.

O que se vê na apuração

  • É visível que a Operação Lei Seca é de fato expandida no Estado de Mato Grosso, com centenas de blitzes anuais, prisões por embriaguez ao volante e multas aplicadas

  • Não existe, até agora, dados públicos recentes ou confiáveis indicando que essas blitzes tem ajudado nessa categoria de violencia, onde a estratégia de Mauro Mendes foca na lei seca, que é sim necessario, mas fecha os olhos para todas as outras ações

  • O estado que se foi necessario criar uma CPI do Feminicídio por que é o estado que, proporcionalmente, mas mata mulher no Brasil

  • Críticos dizem que as blitzes são nada mais que , além de necessário, uma maneira de mostrar serviço com a secretaria de segurança pública do Estado de MT, mas que tem deixado muitos e muitos setores da segurança com os olhos vendados 

O governo diz

A Secretaria de Estado de Segurança Pública tem divulgado que a Lei Seca é uma política importante para evitar mortes no trânsito e acidentes, e que as forças de segurança permanecem atuantes em diversas frentes. As blitzes da Lei Seca são vistas como uma ação concreta — mas não como a única.

Não há declaração oficial que afirme que outras áreas da segurança foram sacrificadas em função da Lei Seca, embora exista percepção popular de que bairros periféricos e comunidades distantes veem menos patrulhamento.

Alarmante: mortes invisíveis exigem ações visíveis

  • Jovens morrem, famílias choram, e frequentemente não há acompanhamento, prevenção ou investigação suficientes para entender, punir e evitar novas tragédias.

  • A Lei Seca é importante — sem dúvidas —, mas não resolve o problema da violência juvenil ou da insegurança nos lares, nos becos, nas periferias.

  • Se uma operação estadual chama atenção, é justo que se cobre equilíbrio nas ações de segurança, com patrulhamento comunitário, policiamento ostensivo nos bairros vulneráveis, políticas de prevenção, investimento em assistência social, música, educação, saúde mental.


Conclusão

Hoje morre mais um. E, enquanto houver vidas sendo interrompidas, de forma invisível para a grande imprensa, não adianta concentrar esforço apenas em blitzes. A segurança pública não pode se resumir a ações espetaculares — precisa ser cotidiana, ser para todos, estar nas portas, nos becos, nos bairros que ficam na sombra do tráfego principal.

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Foto: Gazeta


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