O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido um dos maiores críticos da possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e, de forma ainda mais dura, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula insiste que não há espaço para perdoar, mesmo aqueles que apenas estavam nas manifestações sem envolvimento direto em atos de vandalismo.
Mas a postura levanta críticas pela contradição na internet: Lula, desde 1985, é beneficiário de uma aposentadoria vitalícia como anistiado político, concedida após perseguições sofridas durante a ditadura militar. O benefício é pago até hoje, mesmo ele estando no exercício da Presidência da República.
📌 De acordo com registros já confirmados por órgãos oficiais e checagens de imprensa, o valor líquido recebido por Lula como anistiado gira em torno de R$ 12,5 mil mensais. Essa pensão se soma ao salário de presidente da República (atualmente R$ 44 mil brutos) e a outros benefícios que ele já tem direito por ser ex-presidente, como seguranças, assessores e estrutura de apoio custeados pelo Estado.
Ou seja, enquanto Lula nega anistia política a milhares de pessoas que reivindicam tratamento mais brando após os atos de 8 de janeiro, ele mesmo usufrui, há quase quatro décadas, de um benefício concedido justamente pela Lei da Anistia, que garantiu reparação a perseguidos pelo regime militar.
Para críticos, a situação expõe uma hipocrisia evidente: condenar a anistia aos adversários políticos, mas manter intocável o privilégio de uma pensão vitalícia que lhe rende milhares de reais.
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