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Cáceres foi palco, nesta semana, de um daqueles momentos que aquecem o coração: dez araras-canindé voltaram a voar livres graças a um trabalho minucioso de reabilitação feito por técnicos e biólogos.
As aves haviam sido resgatadas de situações de risco, vítimas do tráfico ou de maus-tratos, e passaram por um processo chamado “soft release” — ou soltura branda. Diferente de simplesmente abrir a gaiola e deixar os animais irem embora, essa técnica envolve um período em que as araras são gradualmente preparadas para a liberdade, aprendendo a encontrar alimento e reconhecer perigos naturais.
De acordo com o Instituto Ecótono, responsável pela ação em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), esse tipo de soltura aumenta consideravelmente as chances de sobrevivência dos animais, porque recria aos poucos o ambiente selvagem até que eles estejam prontos para viver sem intervenção humana.
As cenas foram registradas e, para quem acompanhou de perto, foi impossível não se emocionar ao ver as araras sobrevoando o céu cacerense — um contraste bonito num estado que ainda luta contra queimadas, desmatamentos e o tráfico ilegal de fauna.
Os técnicos lembraram que a reintrodução desses animais é mais do que um ato simbólico: tem impacto direto na manutenção do ecossistema. As araras, além de icônicas, são importantes dispersoras de sementes e ajudam a regenerar matas.
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