A Justiça suspendeu o reajuste de 30% nas tarifas de água que seria cobrado pela Águas do Pantanal em Cáceres. A decisão foi comemorada por moradores que já sentiam o peso das contas no bolso, mas um detalhe pode frustrar quem acha que está livre de pagar mais caro.
Segundo relatos que circulam nas redes sociais, inclusive em vídeos divulgados pelo vereador Cezare Pastorello, muitas pessoas têm reclamado que a empresa não estaria fazendo a leitura dos hidrômetros no tempo correto, possivelmente aguardando o resultado de recursos judiciais para só então lançar a cobrança já com o aumento autorizado.
Mas o problema não para por aí. Mesmo que a Justiça mantenha o reajuste suspenso, essa prática de atrasar a leitura pode acabar encarecendo a fatura por causa do sistema de faixas de consumo.
👉 Como funciona isso?
As tarifas de água geralmente são escalonadas por faixas. Quanto mais você consome, mais caro fica o metro cúbico (m³) na faixa seguinte. Por exemplo: até 10 m³ pode ter um valor X, mas de 11 a 20 m³ sobe para outro patamar, e assim por diante.
Quando a leitura é feita depois do período regular, o consumo acumulado pode ultrapassar faixas menores, jogando a conta direto para um preço mais alto — mesmo que o seu gasto médio diário não tenha mudado. Na prática, é como se o consumidor fosse penalizado por um atraso que não foi culpa dele.
Especialistas em direito do consumidor alertam que a cobrança precisa seguir o ciclo previsto no contrato e regulado pelas agências, sob risco de questionamento judicial.
Enquanto isso, o cacerense fica à mercê do desenrolar dos processos e torce para que a situação não acabe virando um aumento disfarçado. Fica o alerta para quem notar algo irregular: é direito do consumidor exigir o detalhamento da conta e, se necessário, buscar orientação junto ao Procon ou mesmo acionar a Justiça.
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