Após a divulgação de que a prefeita Eliene teria sido acusada de dar um calote milionário, a reação do Executivo foi classificar as investigações da Câmara como ataques levianos. No entanto, o presidente do Legislativo Municipal, vereador Flávio Negação, refuta essa narrativa e afirma que o trabalho da Câmara é justamente fiscalizar.
Segundo Flávio, não houve uma acusação formal por parte da Câmara, mas sim um requerimento solicitando informações sobre a suposta dívida do município, o que faz parte do papel do vereador. "Se o vereador não pode fazer requerimentos para esclarecer dúvidas e fiscalizar a gestão pública, então pode fechar a Câmara, porque não servimos para mais nada", disparou Flávio Negação.
O vereador explicou que foi procurado por uma empresa que alegava ter valores a receber da Prefeitura e, ao invés de ignorar a questão ou sair acusando sem provas, fez o correto: oficializou o pedido de documentos via requerimento. "Tenho documentos por parte do suposto credor e, como vereador, é minha obrigação verificar se há ou não fundamento na denúncia", afirmou.
Fiscalização não é ataque
Flávio também destacou que a prefeita Eliene parece se incomodar com a função fiscalizatória da Câmara e que não há qualquer ataque pessoal contra ela. "Ela precisa entender que requerimentos fazem parte do nosso trabalho. Se qualquer denúncia chegar até um vereador, ele tem o dever de investigar. E como se faz isso? Pedindo documentos", reforçou.
O vereador ainda ponderou que a Câmara emite centenas de requerimentos por ano, pedindo informações sobre diversas áreas da gestão pública, e que é preocupante a prefeita se sentir ‘magoada’ por um pedido que visa esclarecer um possível problema financeiro do município.
"A prefeita fala que estamos acusando sem provas, mas como vamos saber a verdade sem documentos? E para ter acesso aos documentos, precisamos fazer um requerimento. Isso não é ataque, é o nosso trabalho", finalizou Flávio Negação.
O que acontece agora?
O requerimento foi protocolado e agora cabe à Prefeitura responder e apresentar os documentos que esclareçam se há ou não a dívida milionária mencionada pelo suposto credor. A transparência é essencial para que a população saiba a real situação financeira do município, e a Câmara continuará acompanhando o caso.
O Folha de Cáceres seguirá monitorando o desdobramento dessa questão e trazendo atualizações sobre as respostas da Prefeitura e as próximas ações da Câmara.