Cáceres, conhecida como a “Princesinha do Rio Paraguai”, está enfrentando uma situação frustrante que poarece que nunca vai mudar: a falta de água em várias regiões da cidade, mesmo em plena temporada de chuvas e com o Rio Paraguai em sua capacidade plena.
Relatos de moradores apontam para situações extremas, com algumas residências enfrentando até oito dias sem abastecimento. E o que mais tem revoltado a população é o silêncio ensurdecedor da Águas do Pantanal, concessionária responsável pelo fornecimento, que até agora não emitiu nenhuma justificativa oficial sobre o problema.
Transtornos que multiplicam a indignação
A falta de água tem gerado uma avalanche de problemas para os cacerenses. Sem água para atividades básicas como cozinhar, lavar roupas, banhos e até mesmo para o consumo, moradores relatam recorrer ao improviso, como comprar água mineral em grandes quantidades ou buscar água em casas de amigos e parentes.
"É uma vergonha. A gente vive às margens de um dos maiores rios do mundo, e ainda assim, falta água. Isso é inaceitável", reclamou uma moradora do bairro Jardim do Trevo.
A situação já seria alarmante por si só, mas o descaso da concessionária, que não se comunica com a população, amplifica ainda mais a indignação. Nas redes sociais e grupos de WhatsApp, não faltam críticas ao serviço, que parece funcionar sem qualquer transparência ou planejamento.
Uma gestão que parece um barco furado
E se a água não chega às torneiras, também não chega uma administração que funcione. A atual gestão da prefeita Eliene Liberato parece um barco furado, com vazamentos em todas as áreas e ninguém para tapar os buracos. Saúde, educação, funcionalismo público, infraestrutura, trânsito, lazer e cultura estão em estado crítico. Até mesmo as finanças do município enfrentam dificuldades, com promessas eleitorais que se dissolvem na prática.
Se a prefeita está perdida, sua equipe de secretários não está atrás.
A equipe, que deveria ao menos "segurar as pontas", parece ainda mais desorientada, incapaz de oferecer soluções mínimas para os problemas mais básicos da cidade. O colapso é tão evidente que até os aliados da última eleição, que antes formavam a base de sustentação política, agora parecem ter se dispersado completamente.
A sensação geral é que, enquanto a prefeita tenta entender qual incêndio apagar primeiro, os secretários estão olhando para o céu, como se esperassem uma intervenção divina para salvar a administração. Mas, como diz o ditado, "Deus ajuda quem trabalha", e, neste caso, trabalho e organização são duas palavras quenão consegue se ver no vocabulário da gestão municipal.
Problemas que se acumulam
A saúde está em colapso, com unidades superlotadas e médicos sem salários. A educação, por sua vez, enfrenta dificuldades com falta de estrutura e cortes que afetam diretamente professores e alunos. Infraestrutura? As obras começaram e pararam. E agora, sem água, até mesmo o básico para viver em uma cidade parece um desafio insuperável.
Cáceres precisa urgentemente de liderança, e os cacerenses de respostas. A falta d'água é só mais um dos sintomas de uma administração que perdeu o rumo, deixando a população sem saber se espera por dias melhores ou se deve começar a fazer fila no Rio Paraguai para buscar água com baldes.