O pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já conta com 119 assinaturas de deputados federais e continua ganhando apoio na Câmara dos Deputados. O requerimento, apresentado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e outros parlamentares da oposição, visa contestar a atual gestão do presidente, citando, entre outras razões, suspeitas de irregularidades na condução do governo e políticas econômicas que geraram insatisfação no Congresso.
A coleta de assinaturas ocorre em meio à crescente pressão da oposição, que vem criticando o governo por pautas como a criação do programa "Pé de Meia", destinado a estudantes do ensino médio, além de questões fiscais e políticas externas controversas. Para que o pedido avance e seja analisado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), são necessárias 171 assinaturas, número que ainda não foi atingido.
Motivos Alegados para o Impeachment
Os parlamentares que assinaram o pedido argumentam que o governo tem adotado medidas que ferem a Constituição, além de apontarem para supostas infrações de responsabilidade. A justificativa central do pedido inclui:
🔹 Gestão fiscal questionável, com aumento expressivo de gastos públicos sem planejamento adequado.
🔹 Alinhamento com regimes autoritários, o que, segundo os opositores, compromete a posição do Brasil no cenário internacional.
🔹 Supostas tentativas de cerceamento da liberdade de expressão, com propostas que afetam a regulamentação das redes sociais.
🔹 Escândalos envolvendo ministros e aliados políticos, gerando desgastes na administração petista.
Apoio Crescente, Mas Caminho Difícil
Apesar do número expressivo de assinaturas, o pedido de impeachment ainda enfrenta desafios. O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem grande poder sobre a pauta e pode decidir se aceita ou engaveta a solicitação. Até o momento, ele não se manifestou sobre o tema, e analistas políticos indicam que a abertura de um processo de impeachment depende de forte mobilização popular e apoio de setores estratégicos do Congresso.
Enquanto isso, a oposição segue articulando para alcançar o mínimo de 171 assinaturas, o que poderia forçar Lira a se posicionar sobre o tema. Além disso, as movimentações dentro do Congresso indicam que o cenário político pode se tornar ainda mais turbulento nos próximos meses, com a possibilidade de novos embates entre governo e oposição.
Resta saber se esse pedido será apenas mais um movimento político da oposição ou se ganhará força suficiente para se tornar um processo real de impeachment.