A tão esperada Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres, que nos últimos meses foi alvo de discussões e promessas acaloradas, parece ter, mais uma vez, caído no esquecimento após o encerramento das eleições municipais de outubro. O projeto, que durante o período eleitoral foi mencionado como um símbolo de progresso e desenvolvimento econômico, agora enfrenta o silêncio que historicamente marca sua trajetória.
Desde a finalização das eleições, pouco ou nada foi dito sobre os próximos passos para a consolidação da ZPE, deixando a população sem respostas claras sobre seu futuro. Antes do pleito, figuras políticas e gestores prometiam avanços, mas, com o término da corrida eleitoral, o assunto saiu dos holofotes e se perdeu na penumbra das prioridades governamentais.
A história da ZPE de Cáceres já é marcada por ciclos de promessas não cumpridas e adiamentos. Dessa vez, não foi diferente. A esperança que havia sido reacendida durante o período eleitoral agora se mistura à frustração, enquanto a cidade aguarda ações concretas e não apenas discursos vazios.
Entretanto, como é de praxe, é provável que o tema volte a ganhar força à medida que as eleições estaduais e federais de 2026 se aproximarem. Tradicionalmente, grandes projetos como a ZPE se tornam moeda de troca nas campanhas eleitorais, usados para atrair o apoio popular e ganhar relevância nas disputas por cargos públicos.
Por enquanto, a população de Cáceres, que tanto espera pelo impacto econômico e social prometido pela ZPE, segue na incerteza. Fica o desejo de que, desta vez, a retomada do tema venha acompanhada de ações reais e não apenas de retórica eleitoral. O futuro da ZPE está, mais uma vez, pendente de um esforço político consistente — ou de mais um período eleitoral para resgatar a pauta.
