O núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) não descarta a realização de novas fases da Operação Gomorra para investigar as mais de 100 prefeituras e câmaras municipais que possuem contratos com as empresas investigadas. A primeira fase da operação foi deflagrada nesta quinta-feira (07) e apura a ação de uma organização criminosa que faturou R$1,8 bilhão saqueando os cofres públicos através de fraudes em licitações.
Seis pessoas da mesma família são acusadas de participar do esquema para obter vantagens indevidas. São eles: Edézio Correa, que é a figura central da organização criminosa, Thayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa, Janio Correa da Silva e Karoline Quatti Moura. Desse grupo, todos foram alvos de mandado de prisão, exceto Karoline.
Os alvos são ligados aos quadros societários das empresas Centro América Frotas Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda, que receberam cerca de R$1,8 bilhão, nos últimos cinco anos, de prefeituras e câmaras de todo o estado.
As investigações revelaram que, além do alto valor recebido, foram feitas movimentações financeiras entre as empresas. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) divulgou no Radar MT a lista de contratos e os valores recebidos. Veja aqui.
Nesta quinta, membros da administração da Prefeitura de Barão de Melgaço, bem como a prefeita Margareth Gonçalves da Silva (União), foram alvos de busca e apreensão.