Valdemar Costa Neto, presidente do PL, está articulando o apoio de sua bancada nas eleições internas da Câmara e do Senado, com uma meta ambiciosa: tornar Jair Bolsonaro elegível para as eleições de 2026. A proposta envolve negociar o comando da Câmara em troca de uma anistia que incluía o ex-presidente no projeto que perdoa apoiadores dos ataques de 8 de janeiro. Valdemar afirmou que o PL lutará para ajustar o projeto de anistia, garantindo a reversão da condenação de Bolsonaro, definida pelo TSE.
O PL possui a maior bancada na Câmara, com 92 deputados, e 14 no Senado, o que torna a sigla um importante ator nas negociações para a sucessão de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, previstas para 2025. Valdemar já deixou claro que o apoio do PL estará condicionado à inclusão de Bolsonaro no projeto de anistia, considerando injusta a decisão que o deixou inelegível até 2030.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Caroline De Toni (PL-SC), já sinalizou que o debate está sendo influenciado pela disputa interna da Câmara, o que pode tornar o caminho ainda mais complicado. Deputados governistas temem que o projeto seja aprovado na comissão, mas acreditam que terá dificuldades para avançar no plenário. Valdemar, no entanto, confia que conseguirá apoio para incluir Bolsonaro, e que o embate não deve ser resolvido apenas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas sim no Congresso.
Além disso, Valdemar reforça que a condenação de Bolsonaro foi "absurda" e que sua conversa com embaixadores sobre as urnas foi uma opinião pessoal que deveria ser respeitada, criticando a decisão de torná-lo inelegível. Ele afirma que o partido vai lutar para reverter essa decisão, seja no Congresso ou no Supremo Tribunal Federal (STF).
Essa negociação, que envolve o comando da Câmara e do Senado, promete movimentar os bastidores da política nos próximos meses, com o PL buscando não apenas a anistia de Bolsonaro, mas também garantir maior influência nas casas legislativas.