A prefeita de Cáceres, Eliene Liberato Dias (PSB), candidata à reeleição, surpreendeu ao declarar à Justiça Eleitoral que não possui nenhum bem em seu nome. Em 2020, quando concorreu pela primeira vez, Eliene havia informado um patrimônio de R$ 343 mil, incluindo uma casa, dois automóveis e uma motocicleta. Essa mudança significativa levanta questões sobre sua capacidade de gestão financeira, especialmente considerando o salário que recebe como chefe do Executivo municipal.
Para muitos moradores de Cáceres, essa ausência de bens pode ser interpretada de diferentes maneiras. Se, de fato, a prefeita não possui mais o patrimônio que havia declarado anteriormente, surge a dúvida: como, ao longo de quatro anos, com um salário substancial, seu patrimônio não aumentou, mas, ao contrário, desapareceu? Tal situação levanta preocupações sobre a forma como ela gerencia suas finanças pessoais e se essa gestão se reflete em sua administração pública.
Esse tipo de declaração, se não for uma estratégia contábil ou legal, pode indicar problemas de planejamento financeiro. Moradores de Cáceres devem observar essa questão com atenção, pois a capacidade de um gestor público em administrar seus próprios recursos pode ser um indicativo de como lida com os recursos da cidade.
Além disso, a transparência é fundamental em uma campanha eleitoral. A ausência de bens declarados, especialmente após ter informado um patrimônio considerável em eleições passadas, pode gerar desconfiança entre os eleitores. É essencial que os candidatos sejam claros sobre sua situação financeira, para que o eleitorado possa tomar decisões baseadas em fatos e não em suposições.
A reeleição de Eliene está em jogo, e os eleitores de Cáceres têm o direito de questionar e entender essa mudança patrimonial. Afinal, a forma como um líder gerencia suas finanças pessoais é frequentemente vista como um reflexo de sua capacidade de gerir os recursos públicos.