O evento do dia 1º de Maio deste ano, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou apoio ao pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), gerou controvérsia ao se descobrir que parte do financiamento veio de recursos da Lei Rouanet. Segundo dados do Sistema de Acesso às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), a produtora responsável pelo evento captou R$ 250 mil por meio da lei de incentivo à cultura.
A Veredas Gestão Cultural, sediada no Rio de Janeiro, foi a produtora encarregada do show. Ao cadastrar o projeto na Lei Rouanet, a produtora obteve autorização para captar até R$ 6,3 milhões. No entanto, apenas uma instituição privada, a Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic, com sede em Campinas (SP), concordou em financiar o evento.
Batizado de Festival Cultura e Direitos, o evento contou com apresentações dos rappers Dexter, Afro X e Roger Deff, além dos pagodeiros Ivo Meirelles, Arlindinho e Almirzinho. A condução do evento ficou a cargo de Sérgio Loroza e da MC Pamelloza.
A legislação eleitoral permite manifestações políticas e menções a cargos e plataformas de governo, desde que estejam dentro dos limites estabelecidos. Segundo o advogado eleitoral Alberto Pimenta, a fala de Lula no evento não violou as disposições da Lei das Eleições.
Além dos recursos da Lei Rouanet, o evento recebeu um patrocínio de R$ 3 milhões da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Cultural. Em comunicado, a estatal afirmou que o projeto atendeu a todos os requisitos para receber o patrocínio.
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O festival incluiu uma variedade de eventos gratuitos, como apresentações musicais, palestras, oficinas e atividades para crianças, além de feiras de artesanato e gastronomia. A Petrobras justificou o patrocínio como uma forma de fortalecer sua imagem como apoiadora da cultura brasileira.
