Apesar de não ter uma lei municipal que regulamenta as atividades dos vendedores ambulantes, como forma de ampara-los e defender os direitos de todos, os ambulantes estão cada vez mais comuns na noite de Cáceres.
Pela falta de um Centro Comercial Popular em Cáceres e a Feira com obras a passos de formigas os ambulantes são obrigados a procurar seu sustento onde estiver aglomeração de pessoas, com isso começa uma dor de cabeça para todos os envolvidos,
A reportagem percorreu alguns desses pontos para trocar impressões sobre o assunto com lojistas, clientes e com vendedores ambulantes, que apesar de educados, demonstraram desconfiança ao conversar com a imprensa.
Na paraça Barão tem uma grande variedade de produtos, desde pulseiras, óculos e relógios, mas também comestíveis como bombons, bolos, algodão doce que na maioria das vezes é oferecidos às pessoas que se encontram sentados nas mesas dos bares, restaurantes e sorveterias. Ao Folha de Cáceres, alguns ambulantes afirmaram saber que seria necesserio reularizar, mas nem tem onde e como pela iniciativa pública.
Questionado se já pensou em legalizar sua venda, um ambulante da Av Getúlio Vargas, que não quis se identificar, afirma que sim. “Se eu tivesse espaço como um Mercadão Popular com atenção da prefeitura para ser um lugar bem frequentado ou um Centro Popular, ou até mesmo uma feira com atrações culturais, até iria, mas não tem. Eu preciso vender, então venho para cá”.
Prejuízo - No meio desse cenário, os comerciantes da cidade são os que acabam arcando com as consequências econômicas dos impactos provocados pelos ambulantes nos estabelecimentos comerciais convencionais.
Muitos empresários ficam preocupados por que muitos clientes chegam a reclamar do incomodo, além disso existe o perigo de alimentos vendidos por ambulantes nem sempre tem um local adeuado para armazenamento, com isso algum cliente pode passar mal pelo consumo e o único lugar que ele vai lembrar de responsabilizar é o restaurante.
Sem contar que como esses ambulantes não tem às mesmas despesas acabam que oferecem alguns produtos com preços diferenciados e acabam concorrendo com o estabelecimento de forma desleal. Essa diferenciação de preços acaba impactando diretamente as margens de lucro das lojas formais, algo que alguns empresários afirmam sentir no bolso. "O ambulante não tem o custo na logística, água, luz, funcionários e imposto. Só que nós temos. Ao tirar esses gastos que agregam no valor final do produto, o ambulante consegue oferecer um valor mais em conta. Com isso, acaba dando um prejuízo para as lojas formais", explica um comerciante.
Não é raro ver esses ambulantes entrando na parte interna desses restaurantes para vender alimentos muitas vezes se esbarrando nas mesas ou se enrroscando no teto como os vendedores de algodão doce
Entretanto, vale ressaltar que, embora seja compreensível que nas dificuldades enfrentadas pelos ambulantes, é fundamental buscar soluções que promovam uma competição justa e equilibrada no mercado. "Eu não tenho nada contra eles. Sei que são pais de família, que estão buscando o sustento. Até porque hoje em dia, o emprego não está fácil para todo mundo" justifica um empresário.